Economia

Custo da cesta básica compromete 59% do salário mínimo

Custo da cesta básica compromete 59% do salário mínimo

Agosto foi o terceiro mês seguido que a cesta básica em São Paulo obteve o maior custo entre as 27 capitais pesquisadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). 
Segundo o levantamento, os 13 produtos da cesta custaram R$ 475,11 em São Paulo. Em seguida vem a de Porto Alegre (R$ 474,34) e Florianópolis (R$ 457,11). Os menores valores médios foram observados em Natal (R$ 365,46) e Aracaju (R$ 370,70).
O trabalhador paulistano que ganha um salário mínimo precisou cumprir jornada de trabalho de 118 horas e 47 minutos para adquirir os produtos e, o custo da cesta comprometeu 58,68% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários). 
Na comparação mensal, houve relativa estabilidade do valor da cesta em relação a julho (-0,03%). Nos oito primeiros meses de 2016, a alta acumulada foi de 13,63%. 
Entre julho e agosto, os produtos que contribuíram para a manutenção do preço elevado da cesta foram a banana (10,93%), manteiga (4,95%), açúcar (3,50%), leite integral (2,54%), tomate (1,21%), farinha de trigo (0,97%) e café em pó (0,36%).
Seis produtos apresentaram queda de preço: batata (-7,68%), feijão carioquinha (-4,89%), óleo de soja (-2,56%), carne bovina de primeira (-1,34%), pão francês (-0,46%) e arroz agulhinha (-0,31%). 
Segundo o Dieese, levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o valor do salário mínimo para manter uma família de quatro pessoas deveria ser, em agosoto, equivalente a R$ 3.991,40, ou 4,54 vezes o mínimo atual de R$ 880.