A Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo fez hoje na capital uma passeata com aproximadamente 800 pessoas para levar até a federação patronal- que representa comerciantes – pauta de reivindicação com dois destaques: aumento real acima da inflação e redução da jornada.
A manifestação, que envolve lideranças de comerciários de todo o Estado.O presidente do Sindicato dos Comerciários de Marília, Mário Herrera, participa e divulgou fotos da manifestação e participação dos representantes de Marília. A concentração começou às 8h no vão livre do Masp, na avenida Paulista, antes de seguir até a Federação do Comércio,a poucas quadras dali.
Além das duas reivindicações, os comerciários pedem cláusulas sociais, como cestas básicas, auxílio-creche e estabilidade no emprego.
O ato unificado foi liderado pelo presidente da Fecomerciários e da UGT/SP, Luiz Carlos Motta, e pelo presidente do Sindicato de São Paulo, Ricardo Patah. A data-base da categoria é 1º de setembro e envolve 2,7 milhões de trabalhadores em todo o Estado.
A organização da passeata envolveu distribuição de camisetas da campanha salarial, produção de bandeiras, faixas, panfletos com as reivindicações e uma edição especial do jornal “Voz Comerciária”.
“Vamos mostrar que a nossa unidade é muito importante e que juntos temos mais força”, gritou o presidente Motta, em cima de um dos dois caminhões de som à frente da passeata.
Reprodução/Facebook
Mário Herrera (esq), do Sindicato de Marília, com representantes da cidade
Por volta das 11h, a passeata chegou à frente da FecomercioSP, onde deve haver encontro para apresentação formal da proposta .
Confira as principais reivindicações:
– Reposição das perdas da inflação pelo INPC/IBGE;
– Aumento real dos salários;
– Valorização dos pisos em 20%;
– Vale-refeição;
– Fornecimento de cesta básica para todos;
– Pagamento de PLR;
– Preservação da saúde e da segurança do trabalhador;
– Redução da jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas sem redução salarial;
– Estabilidade após o retorno do auxílio-doença;
– Auxílio-creche (para atender mães comerciárias que não têm com quem deixar seus filhos);
Outras bandeiras de luta da categoria são a correção da tabela do Imposto de Renda; fim do Fator Previdenciário; recuperação das perdas do FGTS; inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho; erradicação do subemprego e dos trabalhos infantil e escravo.