Emprego

Trabalho – Dieese mostra demissões, acordos e “apagão” com epidemia; veja estudo

Trabalho – Dieese mostra demissões, acordos e “apagão” com epidemia; veja estudo

Um boletim do Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) divulgado nesta setxa, 1º de maio, Dia do Trabalho, indica que o país registrou pelo menos 240 mil demissões durante crise do coronavírus.

O estudo mostra que baseado em notícias divulgadas sobre a crise o número total de demissões no país pode chegar a 3,81 milhões

Estima ainda que pelo menos 4,41 milhões de trabalhadores, em todo o país, estejam abrangidos por negociações que envolvem afastamento, férias, acordos de suspensão de trabalho, pagamento especiais de benefícios e outras medidas.

A entidade aponta ainda que o acompanhamento da crise para trabalhadores é comprometido por um “apagão estatístico” devido à interrupção da coleta e divulgação das pesquisas oficiais.

“Até o fim de abril, foi possível captar em matérias jornalísticas a ocorrência de 239.534 desligamentos no Brasil .As principais pesquisas oficiais sobre desemprego e renda enfrentam interrupções, o que impede a sociedade brasileira de conhecer os reais efeitos da recessão causada pelo coronavírus”, diz o comunicado.

Ainda de acordo com o Dieese, o o Ministério da Economia atribuiu o problema nos levantamentos do Caged ao fato de as informações não terem sido entregues pelas empresas, que estariam com dificuldades para se adaptar ao novo canal de transmissão de informações, o eSocial.

Já o IBGE (Instituto Brasileiro de Geograϐia e Estatística) paralisou a coleta presencial da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios).

Dados oficiais sobre o número de empregos preservados com o Beneϐício Emergen-cial de Preservação do Emprego e da Renda têm sido divulgados durante a crise, mas de forma imprecisa e pouco transparente.

Segundo o levantamento, o maior número está em Santa Catarina, com 165 mil demissões nas indústrias em pesquisa primária da Federação das Indústrias do Estado.

As demais demissões noticiadas pelos veículos de comunicação, 74.534, distribuem–se, setorialmente, da seguinte forma: 32,5% ocorreram no setor calçadista; os serviços responderam por 27,1% dos desligamentos; 18,8% se referiam à dispensa de metalúrgicos; 10,3%, a trabalhadores do comércio; 7,4% aos dos transportes; 1,7% a petroleiros; e 2,3% a trabalhadores de outras atividades, como artes, cultura, esporte, químicos, metalúrgicos, geração de energia, vestuário e jornalismo.

Veja aqui a íntegra do documento