O arroz já subiu mais de 50% nos últimos 12 meses, o feijão preto teve alta de 31% e o gás, de 24%. Nos próximos meses, a conta de luz terá fortes reajustes por causa da crise hídrica.
A inflação aperta, assim, o orçamento dos mais pobres . E, este ano, a renda disponível para compras além do básico vai encolher 17,7% nas classes D e E, segundo estimativas da consultoria Tendências.
Enquanto isso, na classe A, haverá alta de 3% nesta renda disponível que é o dinheiro que sobra após despesas com habitação, transporte, saúde e cuidados pessoais, comunicação, educação e alimentação.
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Além da inflação alta, os especialistas citam outros fatores que explicam este aperto no orçamento, como a redução do auxílio emergencial, que caminha para o fim das parcelas.
“Houve enxugamento das transferências sociais, e a retomada do mercado de trabalho está muito gradual”, explica Lucas Assis, economista da consultoria.