Economia

Inflação oficial chega a 8,47%, a maior desde 2003

Inflação oficial chega a 8,47%, a maior desde 2003

A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi 0,74% em maio deste ano, taxa superior a observada em abril (0,71%) e em maio do ano passado (0,46%). O dado foi divulgado hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A inflação acumulada em 12 meses ficou em 8,47%, a maior desde dezembro de 2003, quando registrou 9,3%.

No ano, o IPCA acumula taxa de 5,34%, o maior percentual desde maio de 2003 (6,8%). A inflação acumulada em 12 meses ficou em 8,47%, acima do teto da meta do governo, que é 6,5%. O IPCA é considerado a inflação oficial e mede a variação de preços da cesta de compras de famílias com renda entre um e 40 salários mínimos, em dez regiões metropolitanas e três capitais brasileiras.

Alimentos continuaram a pressionar a inflação oficial em maio deste ano, com alta de preços de 1,37% no mês. O grupo de despesas alimentação e bebidas respondeu por quase metade da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que ficou em 0,74% em maio, segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os alimentos com taxas mais altas de inflação aparecem cebola (35,59%), tomate (21,38%) e cenoura (15,9%). Outros alimentos que tiveram altas de preço em maio foram carnes (2,32%), pão francês (1,6%), macarrão (1,42%) e leite longa vida (1,32%). Em 12 meses, os alimentos acumulam alta de 8,8%, pouco acima da média da inflação (8,47%).

Outro grupo de despesas que teve impacto importante na inflação de maio foi habitação, com taxa de 1,22%. Principal responsável por essa alta de preços, a energia elétrica, com inflação de 2,77%, foi também o item individual que mais pesou no IPCA de maio.

Em 12 meses, o grupo de despesas habitação teve inflação de 17,59%, alta puxada pela energia elétrica que, no período, ficou 58,47% mais alta para o consumidor brasileiro.

Por outro lado, os transportes ajudaram a frear a inflação, com uma queda de preços de 0,29%. O principal responsável por essa deflação foi o item passagens aéreas, que ficou 23,37% mais barato para os consumidores.