
Presidente Prudente - Uma pesquisa com avaliação de estrutura e condições de trabalho deixa pelo menos quatro recomendações de ajustes e alertas para serviços de coleta seletiva em 45 cidades no Oeste Paulista.
O estudo é da Unesp com apoio do MPT (Ministério Público do Trabalho) pela regional de Presidente Prudente.
A lista de recomendações começa com investimento nas cooperativas em capacitação. Os pesquisadores recomendam também autogestão e melhoria das condições de trabalho.
O estudo indica ainda necessidade de promoção de um ambiente mais digno e inclusivo. E pede boas práticas com modelos de Rancharia e Pacaembu.
A pesquisa usou dois tipos de questionários, para órgãos públicos e organizações que executam o serviço.
Parte da avaliação contou com 16 Índices de Sustentabilidade da Coleta Seletiva (ISCS). A análise das organizações de catadores envolve 21 Índices de Sustentabilidade da Organização de Catadores (ISOC).
O estudo apontou que, de maneira geral, os resultados dos índices foram positivos. Demonstrando preocupação com a qualidade da coleta seletiva e as condições de trabalho dos cooperados.
Contudo, alertou que há muitos casos de negligência e ineficiência na coleta seletiva.
Pesquisa faz alertas
Apenas o município de Tupi Paulista atingiu a pontuação máxima. Panorama teve a pior pontuação geral dentre as que responderam ao questionário.
Apenas cinco municípios demonstraram uma preocupação efetiva com as condições de trabalho na coleta seletiva.
O estudo mostra ainda que risco à saúde e segurança do trabalho “não é tratado com rigor”. “Os resultados deste índice revelam uma preocupante negligência por parte de algumas cooperativas”, diz o relatório.
A maioria das cooperativas e associações apresenta resultados “favoráveis” em termos de regularização e formalização.
A análise de capacitação revela que Emilianópolis, Estrela do Norte e Flora Rica foram as mais deficitárias.
Revelou ainda que, de forma geral, grande parte de catadores recebem entre um e dois salários-mínimos. Mas Presidente Bernardes e Marabá Paulista apresentam “situação preocupante”: abaixo do salário-mínimo.
O relatório completo inclui mais detalhes e outras análises. está disponível na internet – aqui –