Economia

Petroleiros vendem botijão de gás a R$ 50 em ação popular no Rio de Janeiro

Petroleiros vendem botijão de gás a R$ 50 em ação popular no Rio de Janeiro


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A Federação Única dos Petroleiros (FUP) , em parceria com os Sindicatos dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) e de Duque de Caxias (Sindipetro-Caxias), realizou nesta quinta-feira (o8) uma  ação para vender gás de cozinha por R$ 50  a moradores do conjunto habitacional Dom Jaime Câmara, entre Bangu e Padre Miguel, na Zona Oeste do Rio.

Mais de 600 pessoas compareceram ao local para tentar comprar o item . Apesar de a distribuição ter começado somente às 11h da manhã, antes das 6h a fila já estava formada com consumidores que chegaram cedo para pegar a senha. Os 350 botijões oferecidos se esgotaram em pouco tempo.

A desempregada Rosimar Ramos, de 53 anos, comemorou por ter conseguir levar um botijão para casa. Após perder o emprego na pandemia, tem vendido sacolé para poder comprar “o básico”.

“Essa ação me ajudou muito. Sem ter como comprar gás, alimento, fica muito mais difícil para quem mora aqui na comunidade”, disse.

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O aposentado Luiz Carlos, de 62 anos, também aproveitou o preço mais baixo, já que o gás em casa estava no fim.

“Eu moro com cinco filhos e eles não conseguem emprego. Quero tomar a segunda dose da vacina logo para ver se eu consigo uma outra oportunidade. Só a minha aposentadoria não está sendo suficiente”, conta Carlos, lamentando que a perda de três irmãos para a Covid.

Essa não é a primeira vez que a FUP realiza a campanha “Combustíveis a Preço Justo”, em que o preço justo para é calculado com base em análises de técnicos e especialistas do setor. Somente neste ano, a Federação já ofertou 2.080 botijões de gás de cozinha de 13 quilos por R$ 40, em média, na cidade do Rio.

Outro objetivo da ação é mostrar à população os problemas da atual política de reajustes dos combustíveis aplicada pela Petrobrás, em vigor desde 2016, que considera os efeitos da cotação no mercado internacional e do dólar para determinar os preços dos combustíveis. Para os sindicalistas, os valores cobrados são altos demais já que a empresa utiliza majoritariamente o petróleo produzido no próprio país. Por isso, defendem a adoção de uma política que também inclua os custos nacionais de produção.