A professora de administração pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Alketa Peci, foi a entrevistada do Brasil Econômico ao Vivo desta quinta-feira (10). Ela classificou a proposta de reforma administrativa que tramita no Congresso Nacional como “colcha de retalhos” . Por isso, a situação dos policiais , por exemplo, precisaria de uma discussão mais ampla.
Quando perguntada sobre os agentes de segurança pública , apoiados pelo presidente Jair Bolsonaro, ela lembra que estes não seriam afetados pela proposta.
“Os órgãos de atividade exclusiva do Estado não seriam incluídos no fim da estabilidade, ou outras características da reforma dos vínculos de trabalho”, disse.
No entanto, ela fez questão de ressaltar que esta é a teoria , porque, na prática, a ideia não foi sequer apresentada. “Não tem nenhum documento que balize qual é a construção do papel do Estado. Nada disso foi apresentado até então.”
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Caso dos Estados Unidos
Peci mencionou a situação da reforma nos Estados Unidos, em que o ex-presidente Donald Trump conseguiu acabar com a estabilidade dos servidores públicos federais. Entretanto, já no atual governo Biden, houve um retrocesso, e os estados passaram a avaliar reformas próprias.
“O fim da estabilidade se justifica pelo desempenho. Em saúde, por exemplo, imagine em que situação o país estaria se toda a força burocrática mudasse junto com o governo”, argumenta.
“A estabilidade te garante continuidade de políticas públicas”, finalizou a especialista.
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