Economia

Startups ganham espaço na cidade e estímulo em redes sociais

Startups ganham espaço na cidade
Startups ganham espaço na cidade

O desenvolvimento de startups, modelos de negócios com ideias inovadoras, custo relativamente baixo, grande potencial de faturamento e rápida expansão, começa a atrair investidores, projetos e já e até instituições de ensino em Marília. O interesse e a importância desse tipo de negócio já renderam até um grupo de redes sociais para reunir informações, orientações e estimular novos interessados.

O modelo de startups já revelou grandes empresas – como Facebook, Instagram, Whatsapp, Waze. O grupo Startup Marília e Região, criado no Facebook, reúne quem já investe em suas ideias e quem pensa em investir. Uma das iniciativas do grupo é organizar eventos locais de incentivo a esse modelo de negócios.

“Nossa região é rica em pessoas com perfil empreendedor e ideias inovadoras esperando apenas por um incentivo para suas ideias saírem do papel, e é este incentivo que queremos trazer para nossa região e, assim, torna-la ainda mais desenvolvida econômica e socialmente” afirma a especialista em marketing Helô Palácio, blogueira de moda e negócios e ela própria uma empreendedora em startup.

A empresa neste padrão de negócio deve ter condição de oferecer o “mesmo produto” para o máximo de pessoas sem impactar aumento proporcional de custos. Também deve ser produto em escala, que possa crescer indefinidamente sem gerar grandes custos ou estruturas.

Um bom exemplo é a distribuição de filmes. Vender em DVD envolve no mínimo o custo do disco, gravação, distribuição. No caso do pay-per-view, um software pode oferecer o mesmo produto para um grande número de pessoas simultaneamente.

Helô Palácio é co-fundadora da it Krow, rede profissional para organizar informações do mercado de trabalho, gerar oportunidades para os usuários e desenvolvimento para a sociedade. “O negócio reúne três pontos fundamentais: talentos, empresas recrutadoras e instituições educacionais, em um ambiente onde os interesses se encontram e se complementam.”

Outro investidor do modelo é Vinicius Amorim, co-fundador da TÁ PAGO, criada para desenvolver uma inovadora plataforma de pagamentos via celular. Envolve soluções desde a inclusão financeira da população sem acesso a contas bancárias até a gestão de benefícios trabalhistas (Vale-Alimentação, Vale-Refeição ou Antecipação Salarial).



Helô Palácio, da It Krow

O caminho não é simples, mas muito prazeroso. Após a formação da ideia é preciso estruturar o modelo de negócio, definir público a que ele se destina e validar este modelo, ou seja, confirmar se realmente o público estará interessado.

Também é preciso MVP (Minimum Viable Product – Produto Minimamente Viável), oferecer o produto com o mínimo necessário para seu lançamento, já que aguardar até que ele esteja 100% adequado pode representar perda do momento certo de apresentação e a perda de toda a ideia.

No caso da TÁ PAGO, da validação ao lançamento do produto foram dois anos, já do It Krow está chegando a três anos de desenvolvimento, e nesse ponto se torna crucial a formação do time responsável por dar vida a essa inovação.

Para Helô, a composição do time de profissionais em torno da ideia é importante, especialmente buscar pessoas com as competências que você não tem e que serão fatores-chave para o sucesso do seu negócio.

FINANCIAMENTO

Financiar um startup depende de duas possibilidades: recursos próprios ou um sócio investidor. A dificuldade de provar a sustentabilidade do projeto ganha ainda mais peso nessa hora.

Segundo o Sebrae (Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa), simplificar burocracia seria um dos caminhos para estimular novos negócios. O órgão mantém um projeto, o Brasil Mais Empreendedor, focado nesta proposta.

“Temos uma legislação muito burocrática, tem uma série de coisas que funcionam fora do Brasil, mas que aqui não funcionam. Fico imaginando se o Facebook tivesse nascido no Brasil, não teria conseguido tirar nem o alvará de funcionamento. Precisamos ter um olhar diferente para um tipo de empresa que é diferente, e que tem um tempo diferente, por ser uma empresa de maturação muito rápida e que não pode ficar esperando a lentidão do poder público para começar a funcionar” falou Bruno Caetano em entrevista para o blog HPStyle.