Durante coletiva nesta quarta-feira (3), o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, afirmou que o número de fraudes no auxílio emergencial foi abaixo do esperado.
“Fraudes e potenciais fraudes de documentos são evitadas pela Caixa Econômica, minimizadas por toda essa questão dos aplicativos que colocamos, e é difícil acontecer. Nós temos 25% só do que esperávamos de fraude, então reduzimos a um volume de fraudes muito inferior ao que se esperava, exatamente por todos esses controles”, disse o presidente.
Ao mesmo tempo, Guimarães indicou que a responsabilidade por fraudes no pagamento do auxílio emergencial é da Dataprev, empresa estatal que faz as análises dos cadastramentos.
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“Não cabe à Caixa Econômica Federal essa análise. E não cabe explicitamente, porque nós não temos essa base de dados em termos de checagem dos outros benefícios. A lei é muito explícita e só a Dataprev tem a possibilidade de cruzamento para saber se as pessoas receberam mais de R$ 28 mil em 2018, se o grupo familiar recebeu mais de três salários mínimos, se a pessoa recebeu mais de meio salário mínimo. Então são bilhões de cruzamentos de dados realizados pela Dataprev e verificados pelo ministério da cidadania. O que nós fazemos além do pagamento de 60 milhões de pessoas todos os meses é a checagem de documentos”, afirmou.
No mês de maio, dados sobre fraudes no auxílio emergencial foram divulgadas. Mais de 160 mil empresários , donos de artigos de luxo, receberam indevidamente o auxílio emergencial. Além disso, quase 190 mil militares também obtiveram o auxílio indevidamente.
O ministério da defesa respondeu em nota que “Antes mesmo da decisão do Tribunal de Contas da União [de que os recebimentos indevidos deveriam ser devolvidos], conforme informado em nota à imprensa de 11 maio, [o ministério da defesa] já havia constatado, com o apoio do ministério da cidadania, a possibilidade de pagamento indevido do auxilio emergencial a pessoas de sua base de dados e já vinha adotando todas as medidas necessárias à apuração do ocorrido, a fim de permitir a restituição ao erário e as demais medidas decorrentes, conforme é sempre realizado em situações semelhantes, em função dos valores morais cultuados pelas Forças Armadas.”
Sobre como a apuração desses dados foi feita, o ministério da defesa não respondeu.
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