Considerada um risco para a saúde pública , pois pode ser um problema tanto para animais quanto para humanos, a tuberculose bovina é uma doença de evolução crônica responsável por diversos prejuízos econômicos para o produtor.
As consequências desta infecção vão desde queda no ganho de peso e na produção leiteira, descarte precoce de animais, condenação de carcaça no frigorífico até a morte de animais, além comprometer a credibilidade do produtor.
A doença não tem tratamento , mas pode ser prevenida por meio de ações como o controle de visitantes, correta higienização das instalações e medidas de biossegurança – controle de origem, correta identificação e teste de animais novos a serem integrados no rebanho.
Causada por Mycobacterium bovis, a doença pode provocar lesões nos pulmões, no fígado, baço e carcaça de bovinos e búfalos.
Segundos especialistas do setor, nem sempre as alterações ocasionadas pela tuberculose são perceptíveis, dependendo da fase em que a infecção se encontra. Por isso, é imprescindível que seja realizado o teste diagnóstico em todos os animais do rebanho com certa periodicidade, além de o teste precoce, sempre que for adquirir animais de outras propriedades.
PROGRAMA NACIONAL
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De acordo com o Programa Nacional de Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal (PNCRBT) lançado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2001, os produtores devem seguir um conjunto de estratégias para a erradicação destas doenças, dentre elas, controle de trânsito de animais, testes diagnósticos regulares, educação sanitária etc…
Ainda segundo o MAPA, o Brasil tem uma taxa de prevalência de tuberculose bovina que vai de 0,03% a 1,3%, sem contabilizar a Região Norte do País e alguns Estados do Centro-Oeste e do Nordeste, onde não há resultados de estudos recentes.
A tuberculose bovina encontra-se entre as doenças incluídas na lista da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) e tem características como ampla difusão, importância econômica e para a saúde pública.
As exigências para exportação de produto animal são rigorosas e um eventual crescimento da doença no rebanho pode até criar restrições no mercado internacional.
CUIDADOS NO CONSUMO DO LEITE
Em humanos, a infecção resulta da ingestão ou manipulação de leite contaminado ou, no caso de trabalhadores rurais, inalando perdigotos de bovinos infectados.
Vale destacar que os processos de pasteurização são suficientes para eliminar a bactéria presente no leite cru . Por isso, é importante priorizar o consumo de leite pasteurizado e seus derivados.