O governo federal arrecadou R$ 3,3 bilhões em outorga com o leilão de concessão de 22 aeroportos nesta quarta-feira (7), um ágio médio de 3.822% em relação aos valores exigidos no edital. O certame ocorre em meio à maior crise da história do setor aéreo , causado pela pandemia do coronavírus.
A concessionária CCR saiu como vencedora de dois dos três blocos de aeroportos concedidos . A companhia vai administrar pelos próximos 30 anos os ativos do lote Sul, o mais cobiçado do certame, e do Central.
A Vinci, que já administra o aeroporto de Salvador, foi a vencedora do bloco Norte, formado por sete aeroporotos e que tem como principal ativo Manaus.
A CCR fez propostas agressivas no certame. Levou o bloco Sul com a proposta de outorga fixa de R$ 2,128 bilhões, que representa ágio de 1.534% sobre o valor mínimo previsto no edital.
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A concessionária disputou os ativos com a espanhola Aena, que fez o segundo maior lance, de R$ 1,050 bilhão, e com o consórcio formado pela gestora de fundos Pátria e o aeroporto de Houston.
O lote Sul era considerado pelo mercado o mais atraente por ter entre seus ativos os aeroportos de Curitiba, Foz do Iguaçu e Navegantes, com maior potencial turistico.
O bloco Central, que tem como principal aeroporto o de Goiânia, era tido como menos atrativo e exigia outorga mínima de apenas R$ 8,15 milhões. A CCR venceu o leilão com um lance agressivo, de R$ 754 milhões, o que representou um ágio de 9.156%.
O lance da CCR foi significativamente superior aos dados pelas concorrentes Inframérica e Socicam, que não fizeram contraproposta. As duas deram ofertas de R$ 9,787 milhões e R$ 40,327 milhões nos consórcios que lideravam, respectivamente.
Já a Vinci disputou com o consórcio liderado pela francesa ADP a concessão do bloco Norte, composto por sete aeroportos e que tem como principal ativo o de Manaus. A companhia levou o lote com a oferta de R$ 420 milhões, um ágio de 777% em relação a outorga mínima exigida no edital, que era de 47,86 milhões.