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Atletismo de Marília combina medalhas e queixas por falta de estrutura e apoio

Atletismo de Marília combina medalhas e queixas por falta de estrutura e apoio

Atletas premiados, com nível olímpíco e expectativa de grandes conquistas internacionais treinam em meio a mato, poças e falta de material. Na semana em que comemorou importantes conquistas em competição estadual, o atletismo de Marília teve também ataques contra a falta de estrutura, suporte aos atletas e incentivo modalidades que revelaram nomes como Thiago Braz e Jadel Gregório na cidade.

A principal queixa nem é tão nova, só não muda apesar das conquistas: falta de estrutura no poliesportivo Pedro Sola, na zona oeste, principal centro de treino para diferentes esportes na área.

O treinador Luiz Carlos Albieri, aposentado na prefeitura e que já protagonizou polêmicas e confrontos na área, voltou a reclamar de abandono.

“Não bastasse o mato tomando conta da pista de atletismo e a sujeira por toda parte, os vandalismo está tomando conta, LAMENTÁVEL”, divulgou em redes sociais.

A mensagem foi acompanhada por vídeo que mostra mato, poças e outros problemas. Albieri já havia indicado as críticas quando comemorou as conquistas de duas atletas – Júlia Marconato e Samara Paim – no começo da semana.

Em diferentes respostas a elogios e comentários pelo desempenho das atletas e a seu trabalho, Albieri mostrou a insatisfação, como “imagine se tivesse o apoio necessário” ou “a falta de apoio da secretaria de esportes de Marília é cada vez maior mas os Campeões sempre são do atletismo”.

Em resposta ao Giro Marília, Albieri disse que existem investimentos municipais, mas disparidade e muita falta de estrutura. Afirmou que mesmo destaques no atletismo recebem valores irrisórios e a quantidade de bolsas de estudo na modalidade é muito menor que em outras com menos resultados.

Apontou ainda falta de material – “dardo a gente comprou com dinheiro do bolso” -, falta de manutenção na estrutura “a pista não tem escoamento de água, fica cheia de poça” ou “vamos a Bauru treinar que tem pista emborrachada, uma promessa que a gente espera aqui” – e até dificuldades com alimentação.

“Atleta vai viajar na sexta, sai à tarde, não tem verba de alimentação neste dia, tem viagem com verba para almoço e jantar de R$ 20 por pessoa, tem atleta que chega aqui cedo e não dinheiro pra um café da manhã e nem apoio para isso. O que eu falo é pelos atletas, não peço nada pra mim”, disse.

Após a aposentadoria – ele trabalhou 34 anos no serviço público -, que acabou antecipada pelos conflitos internos com o treinador, Albieri orienta atletas a pedido deles e em projetos voluntários. “Adoro o que faço, até irmão já veio me falar para parar, mas não tem jeito. Eu gosto, eu vou sempre brigar pelo que acho certo.”