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Caldeirão e confusão - Em jogo tenso, Bauru vence e adia decisão do NBB

Caldeirão e confusão - Em jogo tenso, Bauru vence e adia decisão do NBB

Dane-se ano olímpico, danem-se os exemplos ou o fair play. Em jogo que começou tenso por ataques da torcida de Bauru contra arbitragem  o canal Sportv, a quarta partida da final da NBB em Marília teve confusão, bate-boca, expulsão, início de briga e um caldeirão de Bauru sobre os cariocas que deu resultado.

Bauru começou com rolo compressor para cima dos cariocas, fez a primeira cesta da linha de três pontos e com três minutos de partida já havia aberto seis pontos de vantagem, com a partida em 8 a 2.

Determinada a cumprir meta do técnico Demetrius em segurar o ataque do Flamengo, a equipe de Bauru também mostrou importantes acertos nos rebotes no primeiro quarto. O resultado foi um empolgante placar de 28 a 13 no período.

A pressão de Bauru retornou no segundo quadro, mas o time errou mais e o Flamengo passou a cometer menos equívocos. Bauru perdeu importantes bolas de três e dois pontos, mas manteve bom desempenho no quesito rebote.

A vantagem foi menor, mas ainda assim os mandantes ganharam também o segundo quadro por 23 a 17 e o jogo foi ao terceiro quarto com o placar em 51 a 30.

E ai o Flamengo começou a mostrar vontade de mudar a história. Bauru errou ataques, perdeu rebotes e deu as oportunidades e o estímulo para a proposta de reação carioca, que chegou a reduzir em sete pontos a diferença. Com dois minutos o jogo estava em 51 a 37.

Não adiantou. Era só o tempo para Bauru se achar em quadra.


Ginásio de Marília virou caleirão da torcida de Bauru e time correspondeu – Alê Custódio/Giro Marília

Paulinho Boracini e Robert Day fizeram importantes de jogadas na defesa. Alex Garcia e Hettsheimeir emplacaram bons ataques e com cinco minutos de partida a diferença subiu a 22 pontos: 64 a 42.

O nervosismo cresceu. Rafael Mineiro perdeu a bola no ataque, reclamou e foi punido com falta técnica. Alex Garcia converteu e levou a partida para 65 a 42. Dez segundos depois foi a vez do banco flamenguista cometer falta técnica. Bauru aproveitou de novo e o jogo ficou em 68 a 44.

O ápice veio com a segunda falta técnica do banco do Flamengo. A decisão provocou queixas, bate boca e a expulsão do fisioterapeuta Ricardo Machado, irmão do ala Marcelinho, um dos principais nomes da modalidade no país.


Confusão na saída do fisioterapeuta Ricardo, expulso após reclamar de falta técnica no banco do Flamengo – Alê Custódio/Giro Marília

A saída, passando pelo meio de torcedores, sem túnel de isolamento, acabou em provocações, bate-boca, empurra-empurra e quase virou briga entre jogadores.

Quando a situação ficou mais calma na quadra, torcedores do Flamengo e de Bauru iniciaram discussão na arquibancada enquanto o ginásio lotado gritava “timinho” para a equipe carioca.

A tensão baixou, a bola voltou e os times revezaram erros e o terceiro quarto acabou ainda com Bauru na frente e apesar de ser o melhor tempo do Flamengo a vantagem ainda era grande: 77 a 55.

E vieram os dez minutos finais. Em menos de quatro minutos o Flamengo derrubou cinco pontos da diferença, mas o placar seguia muito aberto e Bauru só precisou manter a calma para administrar. A troca de erros e rebotes, acertos de três pontos de Bauru e momentos de tranquilidade mantiveram a diferença estabilizada nos minutos seguintes e a quatro minutos do final Bauru vencia por 85 a 67.

Bauru fechou o jogo com placar de 94 a 81, provocou a quinta-partida e leva a tensão para o Rio de Janeiro, onde acontece a decisão em uma das mais emocionantes edições do Novo Basquete Brasil.

O desempenho deu a Bauru, além de fôlego na decisão, os destaques do jogo. Robert Day foi o cestinha com 24 pontos, Alex Garcia o líder em assistências e Jefferson W o líder em rebotes na partida