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Equilíbrio na dieta reduz estresse e faz pazes com balança

Equilíbrio na dieta reduz estresse e faz pazes com balança

Em agosto, participei de um campeonato internacional de fisiculturismo e venci na categoria bikini fitness “novice”. É claro que a medalha, disposta em destaque na sala de casa, enche-me de orgulho e coroa um trabalho baseado na disciplina.

Mas, ainda que não tivesse conquistado um lugar no pódio, estufaria o peito com ares de campeã e comemoraria a oportunidade de participar, porque, neste esporte, todos os que enfrentam com seriedade a desgastante maratona de dieta e musculação já são vitoriosos, embora os verdadeiros merecedores de troféu são aqueles que nos aturam nos meses que antecedem campeonato.

É sabido que dieta causa mau humor e não há como negar que nós ficamos intragáveis mesmo! A privação alimentar desencadeia comportamento explosivo e comprova a fama de que bodybuider é pavio curto.

Com os nervos à flor da pele e cara de poucos amigos, as relações interpessoais costumam ficar comprometidas e manter a vida a dois requer uma dose extra de paciência (e certo poder de abstração também).

É por isso que poucos relacionamentos sobrevivem ilesos à preparação e suas inúmeras estratégias, como redução de sódio, de carboidrato e de água.

No “bulking”, período de ganho de massa muscular, as refeições têm mais calorias e nutrientes, como gorduras boas (castanhas, abacate, azeite de oliva) e carboidratos de baixo índice glicêmico (arroz integral, aveia), o que permite, graças ao estoque energético, manter o controle emocional e treinar com cargas elevadas.

Já no “cutting”, fase da definição muscular e última antes da competição, o bicho pega!  Com quantidade de comida reduzida e exercícios aeróbicos intensos, os gominhos do abdômen imperam tanto quanto o mau humor.

E é aqui, quando o estômago ronca boa parte do tempo, que meu nível de irritabilidade atinge o ápice e a simpatia se esvai junto com a gordura corporal.

Vamos combinar que dieta apertada e sorriso largo não combinam, né? Difícil mesmo é esperar que os outros entendam que cara feia é fome SIM, e que o nervosismo resulta de alterações químicas ocasionadas pelos baixos níveis de serotonina no organismo.

Esse neurotransmissor, também conhecido como hormônio da felicidade, controla o sono, o apetite, o ritmo cardíaco e, por outro lado, provoca um tremendo estrago, como insônia e depressão, quando desregulado.  

Porém, se a sua rotina comporta uma alimentação flexível (diferente da realidade de boa parte dos fisiculturistas), saiba que a solução é bem mais fácil e muito mais saborosa do que você imagina.

Isso porque, chocolate meio amargo, algumas frutas como banana e abacaxi, cereais integrais, além de outras delícias como leite e seus derivados são ricos em triptofano. Esse aminoácido aumenta a produção de serotonina no corpo e também ajuda a emagrecer quando consumido nos horários e quantidades corretos.

Portanto, equilibrar o que vai no prato é o melhor caminho para diminuir o estresse e fazer as pazes com a balança. Procure um nutricionista e coloque mais sorrisos nos seus dias!