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Investigação de fraudes na Fifa passa perto de Marília

Investigação de fraudes na Fifa passa perto de Marília

A investigação judicial sobre escândalo de desvios na Fifa, a Federação Internacional de Futebol, caminha nos Estados Unidos com dados e investigados muito próximos de Marília. Os procuradores norte-americanos receberam novas provas que apontam novas informações sobre o envolvimento do empresário J.Hawilla, de São José do Rio Preto, com o esquema.

Na semana passada, 27 pastas com documentos foram transmitidas aos Estados Unidos e incluem “movimentações financeiras de dirigentes brasileiros”. A Justiça norte-americana estima que o sistema de corrupção movimentou quase R$ 800 milhões.

Hawilla, que nasceu em Rio Preto e fez carreira como jornalista antes de se tornar empresário de marketing esportivo, e dono de grupos de empresas na cidade, apesar de passar maior parte de seu tempo nos Estados Unidos, onde está colaborando muito com a apuração, já pagou multa sobre algumas das transações e além de confessar irregularidades joga luz sobre o escândalo.

Imputado dos crimes de lavagem de dinheiro, extorsão, fraude eletrônica e obstrução da justiça, Hawilla ajuda a investigação e já conseguiu até um pedido oficial pra que a Justiça adie decisão sobre sua condenação no caso.

No total, os responsáveis pelo processo em Nova York estimam que já existam 10 milhões de páginas de documentos em sua posse sendo analisadas, num dos maiores casos de corrupção da história do esporte.

O ex-presidente da CBF – e ex-governador do Estado, José Maria Marin, que  chegou a ser jogador de futebol em Marília — aguarda em prisão domiciliar nos Estados Unidos o seu julgamento.

Segundo o jornal Diário da Região, de Rio Preto, em duas contas, um total de US$ 800 mil (R$ 2,6 milhões) foram transferidos de contas nos Estados Unidos para a Suíça, envolvendo a Somerton, empresa controlada pelo também brasileiro José Margulies.

“Ele é suspeito de agir como testa de ferro para o empresário J. Hawilla e de realizar os pagamentos de propinas para dirigentes do futebol mundial. A empresa de fachada de Hawilla, portanto, também teria abastecido as contas suíças de Ricardo Teixeira.”


Cobertura revela documentos com suspeitos sobre empresário da região