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Acordo evita intervenção e define mudanças no MAC; time desiste da Copa Paulista

Audiência na Justiça do Trabalho discutiu intervenção e mudanças na gestão do Marília
Audiência na Justiça do Trabalho discutiu intervenção e mudanças na gestão do Marília

Um acordo judicial firmado na manhã desta sexta-feira vai impedir ou pelo menos adiar para 2018 a proposta de intervenção judicial na gestão do MAC (Marília Atlético Clube), uma possibilidade que “ficou muito forte” na opinião do procurador do Ministério Público do Trabalho, Marcus Vinícius Gonçalves, caso o acordo não seja cumprido.

O presidente do MAC, Antonio Carlos Souza Vieira, o Sojinha, assumiu compromisso de pagar salários em dia, recolher verbas rescisórias, recolher FGTS no prazo regular, apresentar documentos trabalhistas todos os meses e manter “contabilidade fidedigna”. Caso deixe de cumprir as quatro obrigações, o clube fica sujeito a intervenção imediata e proibido de disputar competições a partir de 2019.

O acordo suspende uma ação civil pública que pede a dissolução ou intervenção no clube, a proibição de uso do Abreuzão e proibição de disputar torneios entre outras penalidades.

Foi firmado em audiência na 1ª Vara do Trabalho de Marília e beneficia também as empresas American Sport e Sprimg Sports, que atuaram como gestoras do clube no passado. O Ministério Público do Trabalho pede na ação suspensa a aplicação de multa de R$ 1 milhão para cada empresa. Elas nem enviaram representantes para a audiência.

O acompanhamento começa a partir do dia 1º de dezembro deste ano e vai valer para a temporada 2018, quando o clube disputa o Campeonato Paulista da Série A3.

Sojinha disse na audiência que a participação na competição neste ano gerou gastos próximos de R$ 800 mil e deixou uma folha de pagamento que deve ser quitada nos próximos dias. Seriam valores em torno de R$ 100 mil.

Apesar desse resultado, Sojinha disse após a audiência que acredita na possibilidade de fazer temporada mais equilibrada em 2018. “A gente assumiu em novembro. Antigamente o Marília assumia 800 mil de divida e deixa 801 a pagar. Fiz uma competição, tinha 800 mil de divida falta cem mil. Estamos num caminho de melhora. Não tem um hotel aberto, tem sim 10% de saldo em aberto.”

Sojinha disse que o que está no processo para intervenção é a realidade, a divida é verdadeira, mas que o clube esta num caminho novo. Anunciou que fará uma reunião com o conselho mas por enquanto segue como presidente.

Também afirmou que ainda hoje vai pedir encontro na Federação Paulista para anunciar a desistência da Copa Paulista e pedir isenção de eventual multa, que poderia custar em torno de R$ 50 mil ao clube.

[movie_id#387]Segundo o dirigente, a Copa Paulista não prevê repasses aos clubes, mas tem como vantagem possibilidade de colocar equipes vencedoras no cenário nacional, como uma vaga na Copa do Brasil.

Mas admitiu não ter recursos para montar time, bancar viagens e participar em condições de vencer, inclusive por dificuldades dentro de cmapo: o grupo do MAC tem quatro times com nível de primeira divisão do Campeonato Paulista.

O procurador Marcus Vinícius Gonçalves destacou que o processo de dissolução foi encerrado, mas apenas suspenso. “O Marília terá que comprar pagamento, mantendo uma contabilidade confiável, o que não acontecia no passado. Não resolvemos o problema do Marília, ele continua com um passivo grande, mas não haverá aumento deste passivo…se não tiver condições de fazer isso, ele tem que fechar.”