Esportes

Justiça reintegra atleta cortada de bolsas em Marília em briga política

Justiça reintegra atleta cortada de bolsas em Marília em briga política

Yoná Taiara dos Santos Padilha, uma atleta de grandes conquistas que foi afastada da equipe de Marília e perdeu bolsa e benefícios na briga política em torno da Secretaria de Esportes, vai voltar ao time de Marília, ficar na faculdade e cuidar da família.

A medida está em uma decisão da Vara da Fazenda Pública de Marília que dá prazo de cinco dias pra cumprimento da ordem sob risco de multa para a prefeitura.

A defesa da atleta, formada pelos advogados Fabiano Gramolini e Samuel de Almeida Neto, apresentou informações de que a briga ameaçou a formação educacional, a renda e atuação em competições de uma atleta premiada, revelada na cidade e em um momento especial, com a mãe em tratamento médico e um irmão acamado.

Um espetáculo de horrores contra o cuidado de pessoas.

O caso ainda está em tramitação na reta final para a sentença e a decisão da Justiça mostra um drama pessoal que agride a razoabilidade.

Yoná descobriu que a prefeitura cortou os repasses e a afastou do programa de atletas poucos dias antes dos Jogos Regionais.

Além de perder a bolsa – que representa auxílio para que ela continue estudos em Educação Física – ficou sabendo que seria impedida de representar a cidade na competição.

Conseguiu uma liminar para ser reintegrada, que acabou cassada após a prefeitura apresentar documentos com acusação de comportamento indevido da atleta em relação à equipe.

Mas a nova decisão judicial conclui que o afastamento é ainda reflexo da briga política em torno de quem manda nos Esportes da cidade.

Começou com o impasse entre a prefeitura e o ex-secretário, Eduardo Nascimento, hoje presidente da Câmara.

Avançou para o afastamento de dois treinadores, Luiz Carlos Albieri, o Esquilo, e Alecsandro Ramos da Silva, o Lecão, orientador da atleta

A briga político chegou a vias de fato em caso de ofensas e agressões após ameaça de corte de atletas a quem não abandonasse os treinadores. Yona foi atingida no ‘efeito colateral’ da briga.

Agora falta a sentença. E falta deixarem Yona treinar e competir pela cidade, por si mesma e pela sua família.