Murilo Tassi, de Marília, um dos nove jovens talentos do tênis de mesa brasileiro levados para treinanento intensivo na China, concluiu o programa especial de formação e chegou a hora de voltar para casa e colocar em prática as lições aprendidas.
O Training Camp na China foi promovido com suporte da CBTM (Confederação Brasileira do Tênis de Mesa) e realizado sob a orientação do técnico Ren Gouqiang, reconhecido como um dos grandes nomes da modalidade e um dos responsáveis por treinar a campeã olímpica Ding Ning.
Nos 30 dias em que participou do evento Murilo compartilhou experiências, treinos, jogos, pontos e aprendizado.
O programa foi celebrado também por outra atleta da modalidade: Larissa Tassi, que já defendeu o nome da cidade em competições internacionais e ainda disputa grandes torneios, mãe de Murilo.
Murilo durante partida na China: 30 dias de aprendizado
“Foram dias de fazer amizades e receber grandes aprendizados não só nas mesas mas fora delas também. Gostaria de agradecer primeiramente a @cbtm pelo projeto incrível, @sandroabrao @fernandoshigetomi por acompanharem os atletas no tênis de mesa e na vida, tenho certeza que o Murilo aprendeu demais com vcs”, postou.
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Agradeceu ainda ao técnico Ren Guoqiang pelos treinos, ensinamentos, companhia e pela forma como ele recebeu. “São tantas pessoas para agradecer, tantos envolvidos nessa caminhada do Murilo até aqui que daria um livro, muito obrigada a cada um de vocês.”
Revelado em Marilia, onde a mãe ainda atua e também trabalha no comando da Lierre Farmácia de Manipulação, Murilo hoje é atleta do São Cateano, para onde migrou a convite para npva etapa de treinamento e disputas.
Desde o dia 30 de maio, Murilo e os atletas Argemiro Mory, Felipe Okano, Flavio Coelho, Hamilton Yamane, Lucas Romanski, Mahayla Sardá, Vitor Thiofilo e William Araújo permaneceram na Base de Treinamento de Jiangnan, localizada na cidade de Nanning acompanhados pelo técnico Fernando Shiguetomi e pelo gerente de seleções da CBTM, Sandro Abrão.
Segundo Abrão, o que mais chamou a atenção dos brasileiros foi a forma rígida como os chineses encaram esta preparação diária no tênis de mesa, fazendo com que tenham excelência na modalidade.
“Pudemos identificar alguns pontos que explicam o pensamento diferente dos chineses em relação ao resto do mundo no tênis de mesa. Eles trabalham numa intensidade muito alta sempre. Todos os técnicos falam que o atleta tem que se dedicar 200% e no dia em que ele estiver mal e não render 90%, ainda terá 110% para poder ser campeão. Eles dão foco muito na preparação física, gastam um bom tempo com isso. Treinam com muita seriedade. E um outro fato interessante também é que eles vêm de um processo iniciado no interior, para depois chegarem aos grandes centros com um desenvolvimento maior”, detalha.
A experiência foi muito agradável, segundo Abrão. E será repetida mais vezes: “Foi uma experiência fantástica em relação aos atletas. Tivemos um aproveitamento satisfatório. Fomos muito bem recebidos, um povo muito receptivo e muito empreendedor. A proposta agora é abrir caminho para novas missões como esta, um planejamento mais específico e técnico. Em breve, teremos novos projetos com eles”.
