O técnico francês Philippe d’Encausse, treinador de Renaud Lavillenie, medalha de prata na disputa do salto com vara vencido pelo mariliense Thiago Braz, disse em entrevista ao jornal Le Monde que o brasileiro pode ter contado com ajuda do candomblé, Disse que o Brasil é um “país bizarro”.
A entrevista é a segunda reação exagerada dos francês após a derrota. Thiago quebrou o recorde olímpico e desbancou o favorito francês. “Thiago conseguiu um salto de 6,03m. Ele pode ter contado com a ajuda de forças místicas, talvez as do candomblé”, disse Philippe.
Antes dele atleta Lavillenie já havia apelado nas justificativas e mencionou o regime nazista para criticar o comportamento da torcida brasileira e suas vaias.
“Em 1936, o público estava contra Jesse Owens. Não víamos algo assim desde então. Temos que lidar com isso”, lembrando o atleta negro americano que derrotou a equipe nazista em prova acompanhada pessoalmente por Adolf Hitler.
Na coletiva de imprensa, o atleta reconheceu seu exagero. “É a primeira vez que todo mundo está não só contra mim, mas contra todos os saltadores, exceto o brasileiro. Isso (as vaias) são para o futebol, não pro atletismo. Não há respeito. Não há fair play. É uma vergonha!”