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Thiago Braz tenta saltar para história nas Olimpíadas de Tóquio

Thiago Braz tenta saltar para história nas Olimpíadas de Tóquio

Estreante em Jogos Olímpicos, o mariliense Thiago Braz chegou ao Rio, em 2016, como um ‘azarão’. De salto em salto, surpreendeu os rivais e o mundo: cravou o recorde de 6,03 metros e levou o ouro, para o delírio do público.

Cinco anos depois, Thiago Braz chega à final nas Olimpíadas de Tóquio nesta terça-feira (3) em semelhante condição: um campeão coadjuvante, com necessidade de surpreender de novo para saltar para a história.

Se vencer ou, ao menos, garantir uma medalha, Braz será o primeiro atleta do país a repetir uma premiação olímpica na sua modalidade. As disputas começam a partir das 7h20 desta terça (3) pelo horário de Brasília.

FORTE CONCORRÊNCIA

Thiago Braz garantiu sua participação na final com a quinta posição na etapa classificatória após saltar 5,75 metros. O outro mariliense na prova, Augusto Dutra, errou suas três tentativas e foi eliminado.

Para chegar ao ouro mais uma vez, Braz terá pela frente uma concorrência ainda maior à que encontrou no Rio. A começar pela do campeão em Londres (2012) e atual medalha de prata, o francês Renaud Lavillenie.

O problema, no entanto, será superar o candidato ao ouro da vez: o sueco Armand Duplantis, de 21 anos. Atual recordista mundial, ele tem as marcas de 6,15 metros ao ar livre e de 6,18 em ambiente indoor.

TERRÃO DO PEDRO SOLA

A exemplo dos atletas olímpicos Osmar Barbosa dos Santos e Jadel Gregório, e do colega Augusto Dutra, Thiago Braz deu seus primeiros passos no atletismo na pista de chão batido do Poliesportivo “Pedro Sola”, em Marília.

Descoberto e lapidado pelo técnico Luiz Carlos Albiéri, o Esquilo, responsável pela revelação de centenas de atletas desde os anos 1980 em Marília, Thiago Braz deslanchou de vez no atletismo ainda na adolescência.

Aos 16, em 2010, foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Singapura. No ano seguinte, sagrou-se campeão no Mundial Junior de atletismo em Barcelona, na Espanha. Em 2016, bateu Lavillenie no Meeting de Leverkusen, na Alemanha.

CAMPEÃO SEM CLUBE

A conquista olímpica no Rio não garantiu o emprego de Thiago Braz ao longo de sua preparação para Tóquio. Em abril de 2020, o Esporte Clube Pinheiros dispensou o mariliense oito meses antes do fim do contrato.

Nos bastidores, apurou-se que a demissão teria se dado pela falta de retorno de visibilidade ao clube em virtude dos resultados ruins do atleta de 2016. A melhor posição, desde então, foi um 5º lugar em Doha, no Catar.

Atualmente, Thiago Braz reside e treina em Fórmia, na Itália, para onde retornou após um breve retorno ao Brasil. Ele é casado desde 2014 com a atleta Ana Paula Oliveira.