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Bate-papo! Natália Ferrari estreia na TV dando vida à Sâmila em 'Reis'

Bate-papo! Natália Ferrari estreia na TV dando vida à Sâmila em 'Reis'


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Aos 28 anos, Natália Ferrari festeja seu début na teledramaturgia em “Reis”, da Record, na pele de Sâmila, uma moça israelita que perdeu o pai ainda jovem e passa por injustiças na trama.

A artista, natural de Piracicaba, no interior de São Paulo, começou a estudar interpretação aos 12 anos e, desde então, não parou mais. Fez dublagem e canto, bem como Relações Públicas e Publicidade, e ostenta no currículo três curtas-metragens, uma websérie e três peças.

Fora dos palcos e dos sets de gravações e filmagens, usa a sua visibilidade para fazer trabalhos voluntários, como o de coordenadora do Projeto Velejar, que oferece cursos complementares para meninas de 7 a 13 anos, e o de cuidadora do Lar dos Velhinhos de sua cidade natal, além de participar da ONG Vira-Lata Vira-Vira em feiras de adoção. 

Por fim, mas não menos importante, confidenciou estar satisfeita com os rumos pessoais e profissionais que vem tomando e, movida pelo amor ao que faz, contou sobre sonhos e planos.  Confira os melhores momentos na íntegra!


1. Natália, como foi a sensação de entrar num set pela primeira vez e a de se ver numa trama na TV? É muito crítica?

Um frio na barriga gostoso! Fiquei um pouco nervosa, claro, mas não demorou quase nada para eu começar a me sentir em casa, à vontade. Entender o tamanho das estruturas e a quantidade de pessoas envolvidas na produção também traz o sentimento de responsabilidade com meu trabalho individual.

Quando me vi na tela, até perdi o ar por um momento, pois percebi que cheguei a um lugar onde sonhei estar por muitos anos da minha vida. Senti uma gratidão imensa por toda a minha trajetória pessoal e por quem esteve comigo nessa caminhada.

2. Tendo 28 anos, como foi sua trajetória até chegar a “Reis”?

Cresci sabendo que queria ser artista, então isso moldou minha personalidade e todas as minhas escolhas. Sempre fui envolvida em todos os projetos artísticos que podia quando criança. Eu me formei em curso profissionalizante de arte dramática na época em que fazia faculdade de Relações Públicas na PUC-Campinas. Também fiz peças de teatro, musicais e empreitadas independentes em Campinas e em São Paulo. Aliás, obtive minha graduação em Publicidade na PUC-SP enquanto me agenciava e buscava mais ocupações.

No momento em que trabalhava em empresas, segui estudando, fazendo aulas de canto, coaching, dublagem, aprendendo línguas e traçando meus próprios planos, até que fui chamada para o papel na série. A oportunidade apareceu depois de um curso em que pude apresentar uma cena a alguns diretores de elenco, inclusive da RecordTV.

3. Mesmo com tão pouco tempo do seu trabalho sendo conhecido pelo público, como tem sido a relação com ele?

O envolvimento me surpreendeu! Recebo muitas mensagens e percebo que o que faço tem sido reconhecido, o que me deixa grata. É maravilhoso ouvir que sua atuação ou até sua personagem tocou tanta gente, provocou sentimentos, envolveu quem assiste… Espero manter um contato próximo com essas pessoas. No fim, nossa profissão não existiria sem o espectador, então agradeço!

4. Para gravar a novela, você saiu de Piracicaba, interior de SP, e foi para o Rio. De que forma essa mudança impactou na sua vida?

Na verdade, eu já morava em São Paulo antes de vir para o Rio e sou uma pessoa que já se mudou bastante. Piracicaba, Campinas, Curitiba e Londres são alguns lugares que já chamei de casa! A vinda para cá foi melhor do que esperava, tanto que, depois de poucos meses aqui, eu e meu marido decidimos nos mudar de vez. Teoricamente vinha somente para o período do folhetim, mas essa cidade nos conquistou. Sou muito conectada à natureza, principalmente às cachoeiras e ao mar, que são os grandes culpados pela vontade de ficar por aqui.


5. Você chegou a trabalhar com publicidade. Por que optou pela carreira? E quando foi que percebeu que seu caminho era o artístico?

Eu me graduei primeiro em Relações Públicas e depois decidi me formar também em Publicidade, pois tinham muitas matérias em comum, então conseguiria concluir tudo em mais ou menos dois anos. Fiz ambas as faculdades já sabendo que minha vontade era ser atriz, porém, por ser uma área que considerava mais incerta, sempre contei com a possibilidade de ter outro plano. Levei as profissões em paralelo até o ano passado.

6. Quais os seus sonhos na carreira?

O maior deles é continuar vivendo de arte, seguir atuando e aprendendo. Adoraria ter experiências em filmes e séries de streaming também, que têm linguagens diferentes, para percorrer diversas possibilidades dentro desse meio.

7. Como se vê daqui a dez anos?

Atuando e alcançando lugares bons em minhas atividades, estando envolvida em projetos sociais e voluntariados. Eu me vejo feliz no meu relacionamento e, quem sabe, mãe de filhos adotivos. No fundo, sinto que estou vivendo o momento presente com intensidade, então ainda não pensei no futuro com muitos detalhes além desses.


8. Você se casou recentemente. Seu marido também é artista? Como está lidando com essa sua nova fase?

O Vinícius não é do meio artístico, apesar de que poderia ser um ótimo comediante, a meu ver (risos). Desde que nos conhecemos, tornou-se um dos maiores apoiadores do meu trabalho. Ele vibra por cada conquista comigo, às vezes, até mais do que eu mesma! Também se interessa por meus estudos, minhas personagens e minhas gravações. Além de tudo, não achou nada mal nos mudarmos para o Rio, apaixonado pelo surfe do jeito que é!

9. Muitos artistas usam sua imagem para levantar bandeiras e abordar assuntos relevantes para o público, sendo que você tem um trabalho voluntário. Fale um pouco sobre isso.

Já lidei com crianças, mulheres, idosos e animais e acho uma das mais significativas formas de aproveitar o tempo livre que tenho. Essas experiências me agregaram ensinamentos valiosíssimos, têm a ver com a construção do meu caráter, e o impacto disso chega a ser imensurável. Espero que eu possa ter tocado minimamente a vida de pessoas/animais com quem já me relacionei assim como fizeram por mim. 

Tem muito que podemos fazer, e olhar para o próximo com empatia, humildade e altruísmo nos faz melhores também. Se eu puder agora usar minha imagem para espalhar e ser exemplo dessa mentalidade, considero uma das mais excelentes coisas que farei em meu viver.

10. Quais os seus próximos passos?

Já estou contratada para um próximo projeto e, inclusive, inicio as gravações nesta semana mesmo! Em breve, darei mais detalhes sobre isso.


Fonte: IG GENTE