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Indião Batera faz 57 anos, 41 de carreira, e quer mais

Indião Batera faz 57 anos, 41 de carreira, e quer mais

Hoje é aniversário de Francisco Carlos Cândido de Oliveira, um dos músicos mais conhecidos na cidade, personagem ativo do cenário cultural com centenas de fãs e amigos – só no Facebook são 3.700. Quem frequentou carnavais no Yara, bailes dançantes, formaturas ou festas nos últimos 40 anos em Marília e uma vasta região já dançou sob toque de sua bateria. Você provavelmente nãoi liga o nome à pessoa e deve conhecê-lo como Indião Batera. É o baterista mais antigo e ainda na ativa na região.

“O que sei é que nesses 41 anos de estrada, rodando por aí, aqui em Marília só eu. Conheço o Rubicão (Binho) que é baterista mas tem uma profissão paralela”, diz Indião, que começou a tocar com 16 anos, quando ainda não havia decidido se iria viver de música ou ser motorista de caminhão, “ligado em estradas e em viagens”. 

É um músico autodidata, que não estudou nem fez cursos técnicos. Tocou muito e levou o gosto por viagens para turnês com uma infinidade de bandas. “Desde 73 passei por vários grupos, mas o que mais destacou foi a Banda People’s”, conta.

Passou por pelo menos 20 Estados brasileiros e tocou em importantes casas noturnas, que fizeram época, como o Ilha Porchat clube, em Santos, a boate Scala Rio do empresário Chico Recarey e Palmeiras. Participou da gravação de campanha publicitária do sabonete Lux com As Panteras, seriado dos anos 70 e 80. Foi ao exterior algumas vezes acompanhando turnê do locutor Marco Brasil nos Estados Unidos. 

“Sinto saudade de todas mas a que mais marcou foi a banda People’s por ser um dos sócios”, conta Indião, que no final de semana tocou na feira da Bondade e faz em média pelo menos três apresentações por semana. Ele está longe de acomodar com a carreira. “Ah, tem muita coisa ainda para fazer, mas quem sabe um dia fazer sucesso em uma banda gospel”, projeta.

Entre viagens, bandas e correria, Indião conseguiu viver só de música, mas diz que é preciso ter jogo de cintura e dedicação. “Não é fácil, tem que tocar de tudo e com todos.” Indião toca em casamentos, festas de aniversários, chácaras, grandes bailes. Todos os ritmos, diferentes pegadas.

Casado, pai de duas filhas e um filho, já tem uma neta. E diz que não soifre grande assédio na noite. “Quem arruma mais fã normalmente é o vocalista, o guitarrista e o baixista hahaha.”

Apesar de sua paixão e de ter feito a vida com a música, faz um alerta aos novatos e candidatods a seguir seu caminho: em primeiro lugar, nunca abandonar os estudos por causa da música; em segundo, ouvir de tudo e estudar, conhecer bem, o instrumento que deseja tocar.