Famosos

Rogéria, 74, será velada e sepultada nesta terça no Rio

Rogéria, 74, será velada e sepultada nesta terça no Rio

Será sepultada nesta terça-feira no municipio de Contagalo, npo Rio de Janeiro, a atriz e transformista rogéria, falecida na noite desta segunda aos 74 anos. O velório de Rogéria acontecerá no Teatro João Caetano, no Centro do Rio: das 11h até as 13h para parentes e amigos, e das 13h às 18h para os fãs

Rogéria morreu na noite desta segunda-feira em um hospital na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde estava internada com infecção urinária que evoluiu para quadro de convulsões e choque séptico.

Nascida Astolfo Barroso Pinto, Rogéria era a mais antiga e mais famosa transformista em atividade no Brasil. Ao lado de travestis pioneiras do país, como Jane di Castro, Divina Valéria, Camille K, Fujika de Halliday, Eloína dos Leopardos, Brigitte de Búzios e Marquesa, esta morta em 2015, Rogéria foi homenageada pela atriz e diretora Leandra Leal no documentário Divinas Divas, premiado no Festival do Rio do ano passado. As atrizes se apresentavam no Teatro Rival, na Cinelândia (centro da cidade), que pertence à família de Leandra Leal há várias gerações.

Rogéria nasceu em em 1943 em Cantagalo, no norte fluminense. Ainda na adolescência, homossexual assumido, Astolfo virou transformista e começou a trabalhar como maquiadora, ainda com o nome masculino, na extinta TV Rio. Frequentava o auditório da Rádio Nacional. O nome Rogéria surgiu em 1964, quando venceu um concurso de fantasias no carnaval daquele ano.

Convivendo com atores na TV Rio, se sentiu estimulada a interpretar e estreou nos palcos em maio de 1964, em um show de travestis na Galeria Alaska, então reduto gay de Copacabana. Ela atuou em dezenas de shows, peças teatrais e programas de televisão, muitas vezes como jurada nos programas de Chacrinha, Luciano Huck e outros apresentadores, e participou de 11 filmes brasileiros.

Ela também atuou em novelas como Tieta (1989), Paraíso Tropical (2007) e A Força do Querer (2017), sua última participação na TV e, no teatro, recebeu o Troféu Mambembe em 1979 pelo espetáculo que fez ao lado de Grande Otelo. Em 2016, foi lançada sua biografia, Rogéria – uma Mulher e Mais um Pouco, de autoria de Márcio Paschoal.