Baile do Circo ganha turistas e mostra força após 18 anos de festa

Um faraó e sua rainha vindo diretos de Granja Viana, na Grande São Paulo. Uma bruxa famosa e um casal de professores direto de Pompéia. Foliões de São Paulo, da região de Ribeirão Preto e outras cidades foram alguns dos destaques do baile de carnaval que resgatou as tradições do carnaval de salão em Marília. O baile do Circo foi um sucesso.

Organizado pela Chácara O Circo, que surgiu para jogos de futebol, o baile é uma das muitas atividades de interação comunitária de um grupo que completa 49 anos de atuação neste ano. E mostra muito vigor.

Foliões da cidade em blocos, como a turma do Chaves ou em grupos sociais, como rotarianos do 4 de Abril e outros clubes, além de personagens tradicionais do baile, como o bancário Paulo Ramiro, carimbaram presença com fantasias, animação e fôlego para dançar até 4h30 do domingo.

Confira alguns dos destaques da noite

– Decoração
O baile registrou mudança no modelo de decoração, ganhou faixas e bolas em cores vivas por todo o salão do Golden Palace. O projeto do decorador Thita Marcon substituiu os guarda-chuvas usados nos anos anteriores e aproveitou a inspiração da Copa do Mundo da Rússia e do modelo da camisa oficial do Circo para este ano e cobriu o salão em tons de laranja e vermelho.

– Blocos
A turma do Chaves, ases do baralho, homens fantasiados como “coelhinhas” foram alguns dos blocos formados na cidade para acompanhar a folia deste ano

– Princesas e bruxas
Angélica Ferreira como Branco de Neve foi uma das muitas princesas e personagens de contos de fada e desenhos pelo salão. Mosqueteiro, Malévolas, Fred Flintstone e Mulher Maravilha foram outros caracterizados.

– Com  alegria e com cuidado
Famoso pelas fantasias que produz desde os carnavais de salão da década de 80, o bancário Paulo Ramiro apareceu com muita alegria e muito cuidado: o joelho ainda está em recuperação de uma cirurgia e houve até receio de que ele não fosse aparecer. “Eu, deixar o baile? De jeito nenhum” respondeu enquanto dava uma volta entre os foliões.

– Baladeira
Banda responsável pela animação, A Baladeira, tinha previsão de tocar até às 4h, mas já eram 4h15 quando o grupo organizou uma concentração em frente ao palco para encerrar o baile com muita animação e grande parte do público ainda no salão.

– Família ê, família a, família…
O empresário Ivan Zóchio e a esposa Regina não pensaram em fantasias mas não perderam oportunidades de dançar juntos e rodar pelo salão.

Nelson Correa e a esposa Dê Banhara, que sempre apostam nos figurinos, chegaram cedo e também mostraram empolgação até o final. Flávio Dalálio e Rose Bottino, que embalaram carnaval de Gália na sexta, carimbaram presença no Circo mais uma vez.

Helder e Carol, da Interlagos Escapamentos, o personal Sílvio e a esposa Dani Rojas, Valter Lanza Neto e Amaly, Cláudio Góes e Fabiane, Luiz e Laura Repetti, Wilson Rocha e  Ilza, Manoel Beiro Neto e Vanessa, Thayná e João Vitor, Pedro Magalhães e Nona foram outros casais embalados pela festa.

Neusa Lopes Custódio e a irmã Lúcia Lopes Gasperetti, que desde os anos 80 curtem os bailes de salão, também voltaram aos bailes com muita alegria, maquiagem e acessórios, e muito fôlego: chegaram cedo e ficaram até o final

– Amigos do Bar
O grupo voluntário mais inovador da cidade marcou presença com bloco de integrantes e direito a uma embalagem prá lá de concorrida: as famosas esfias de Pilar Tachibana, a esposa do coordenador do grupo, Tadau Tachibana. Os salgados, distribuídos a amigos, são uma das novas tradições do baile. E enquanto dançava o grupo ainda divulgava sua próxima dose de solidariedade: nesta terça promove carnaval para idosos em asilos da cidade.

– Organização
Com a venda muito antecipada de todas as mesas e quase todos os ingressos, o baile mostrou ainda mudanças na organização. A entrada ganhou filas separadas para público com bolsas e embalagens que precisaram de maior revista e foliões sem cargas que entraram mais rápido.

A área de alimentação ganhou serviço de porções com direito a entrega nas mesas. O ponto de caixas, com cinco atendentes, teve dificuldades para acompanhar o grande volume de foliões na fila nas primeiras horas, mas também superou os problemas e cervejas, água e sucos foram entregues gelados até o final.

– Lei seca
Uma novidade do baile esteve do lado de fora. A Polícia Rodoviária montou blitz da lei seca na entrada e saída da folia, com poucas chances para quem não quisesse soprar o bafômetro. Os policiais já cumprimentavam motoristas com equipamento na mão e se houvesse qualquer indicação de álcool o motorista era orientado a estacionar e decidir se faria o teste completo: quem faz a passa, vai em frente. Quem não faz, leva multa e deixa a CNH. Não foi divulgado balanço da operação.

O baile do Circo terminou com tempo bom, sem incidentes e muitos encontros e uma última tradição: a vontade de que venha logo o próximo baile. Nos vemos em 2019.