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Atletas de Marília brilham no Brasileiro Paralímpico; prefeitura nega ônibus e avisa 17h antes

Atletas de Marília brilham no Brasileiro Paralímpico; prefeitura nega ônibus e avisa 17h antes

Uma delegação com oito atletas da Amei (Associação Mariliense de Esporte Inclusivo) foi a São Paulo para o Campeonato Brasileiro de Atletismo Paralímpico e fez bonito, com direito a recordes, pódios e bons resultados.

Um desempenho muito louvável e que foi ameaçado pela falta de transporte. A Prefeitura de Marília negou o suporte e só avisou que não daria o ônibus 17h antes da saída da equipe.

Apesar do aperto no horário, conseguiram apoio privado. Técnicos e atletas reagiram de forma indignada em redes sociais e denunciaram falta de apoio e “abandono” do esporte paralímpico na cidade. O que não impediu bons resultados.

Jenifer Azevedo, 25, voltou a quebrar o recorde Brasileiro no lançamento de dardo da classe F12 (deficiente visual) com 28,60m.

A equipe da Amei teve ainda conquistas com Daniel Martins, segundo lugar na prova dos 400 metros rasos, classe T20 com 48″54. O atleta também criticou a crise com transporte. “Lamentável” e lembrou períodos em que a equipe não sofria esse tipo de problema.

Juliano Alves foi o terceiro na prova de 400 metros rasos, classe T53 com 1’03″58; Kevin Campos o quarto na competição 400 metros rasos, classe T43 com 1’08″61 e Jair Porfírio foi o terceiro no lançamento de dardo, classe F40 com 27,58 metros.

A delegação de Marília teve ainda Juliano Alves, primeiro lugar na classe T53, para provas de 100 e 200 metros rasos com as marcas de 18”62 e 33”02; e Gustavo Dias na classe T20 – terceiro lugar no salto em distância com 6,36m -;

Paulo Sérgio Santos, classe F53, ficou em 4º lugar na prova do arremesso de peso com a marca de 7.80m. Wallace Santos (foto), classe F20, ficou em 5º lugar no arremesso de peso com 8,85m. Kellen Oliveira, da classe F57, lançou o peso em 6,09m. e ficou com a 6ª colocação.

Jenifer, que também tem o recorde brasileiro na classe F13, mas devido à piora em sua visão acabou reclassificada e “abaixou” de classe.

“Foi a primeira vez que disputo o Campeonato Brasileiro na classe F12. Até o ano passado eu estava na classe F13 mas devido a uma piora na minha visão, eu fui reclassificada, confesso que não foi fácil “digerir” essa notícia”, disse.

A atleta, que cursa o último ano de psicologia na Unimar, ainda precisa conciliar treinos com estudos.

“Quase não viemos para a competição por falta de transporte, graças ao pessoal da Amei que fez um enorme esforço e conseguiu alugar uma van, estamos aqui no Campeonato Brasileiro. Para completar essa é uma das semanas mais frias do ano em São Paulo e competir no frio o desafio fica ainda maior.”

Além do lançamento de dardo, Jenifer também conseguiu um excelente resultado no arremesso de peso, com a marca de 8,81 estabeleceu o novo recorde da competição para a prova.

O campeonato teve ainda três recordes mundiais e oito das Américas quebrados pelos atletas convocados para a Seleção Brasileira que irá ao Mundial de Paris, do dia 7 até 18 de julho.

A competição nacional aconteceu no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, e contou com 612 atletas de 21 estados e do Distrito Federal inscritos em provas de pista e campo deste a última quinta-feira, 15.