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'Capitã Cloroquina': Secretária da Saúde irá depor à CPI nesta terça (25)

'Capitã Cloroquina': Secretária da Saúde irá depor à CPI nesta terça (25)


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A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro – popularmente conhecida como Capitã Cloroquina – irá depor à  CPI da Covid nesta terça-feira (25). A atuação da servidora foi marcada como defensora do medicamento que não possui eficácia comprovada contra o novo coronavírus.

O depoimento de Mayra é tido como “peça-chave” para compreender como o Planalto, sob gestão do presidente Bolsonaro , aumentou a produção da cloroquina e realizou a distribuição do medicamento durante a pandemia.

As orientações sobre o uso da cloroquina no combate a pandemia são as seguintes:

  • Organização Mundial da Saúde (OMS): se posicionou de maneira contrária o uso do medicamento e “desaconselha fortemente” sua indicação contra a covid-19;
  • Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI): Emitiu uma nota onde diz que a cloroquina não teve eficácia comprovada e, por isso, sua distribuição deve ser abandonada;
  • Associação Médica Brasileira (AMB): declarou que o tratamento precoce e a cloroquina deveria ser “banidos” no combate a pandemia;

Amazonas

Um dos principais pontos de inquérito por parte dos senadores será o colapso hospitalar em Manaus. Com o aumento no número de internações e mortes, o leitos de UTI tornaram-se escassos. Pacientes morreram por falta de oxigênio e, mesmo assim, durante o pior momento da pandemia no local, Mayra defendeu o “tratamento precoce”.

Os senadores Rogério Carvalho (PT-SE) e Humberto Costa (PT-PE), que apresentaram o requerimento para ouvir Mayra afirmam que “o Ministério da Saúde foi comunicado sobre a situação crítica e não providenciou em tempo oportuno o abastecimento emergencial. O resultado foi uma tragédia, objeto de Inquérito Civil, que resultou em mortes de pacientes por asfixia ou pelo agravamento das condições clínicas por falta de oxigênio.”


A secretária será a nona depoente da comissão de inquérito. Sua condição de convocação foi de testemunha, desta maneira, Mayra se compromete a dizer a verdade e não pode mentir para os senadores. Caso isso ocorra, há o risco de incorrer no crime de falso testemunho que poderá ter consequências judiciais.