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Laudo impede depoimento de adolescente sobre morte e ocultação em Guaimbê

Laudo impede depoimento de adolescente sobre morte e ocultação em Guaimbê

Um laudo psicológico requisitado pela Justiça de Getulina impediu depoimento de uma adolescente testemunha no caso de morte e ocultação do corpo de seu pai, Adriano Silva Barreto, ocorridas em março deste ano em Guaimbê (40km de Marília) em medida que protege a menina.

A jovem deveria ser ouvida em audiência programada de forma especial para acontecer na tarde da quarta. Ela seria testemunha do planejamento na ocultação e também dos momentos anteriores à morte do pai.

O depoimento faria parte da apuração de denúncia contra a mãe da adolescente, Alini, acusada de planejar o homicídio com o autor do crime, Luís Henrique Bezerra.

Os dois mantinham uma relação amorosa enquanto Alini ainda vivia com a vítima e filhos na mesma residência.

A adolescente já havia sido ouvida pelo Conselho Tutelar na fase de investigação do crime e apresentou alguns detalhes sobre a morte e ocultação do pai.

Na fase processual, a justiça entendeu que o depoimento em audiência formal teria que ser feito em modelo diferenciado e só após análise do serviço psicossocial do Judiciário.

Em maio, requisitou a produção de um laudo com parecer técnico sobre a possibilidade de a adolescente participar da audiência. O laudo descartou a hipótese.

“À vista da informação contida no estudo psicossocial de fls. 396/397, dou por prejudicada a audiência designada para esta data”, diz o despacho do juiz Luís Fernando Vian.

O caso tem ainda mais um adolescente a ser ouvido, que também teria sido chamado a participar na ocultação do corpo e ainda deve passar pelo serviço psicossocial.

O CASO

Barreto foi morto de forma violenta quando caminhava por uma rua da cidade a alguns metros de distância de Alini e da filha.

Luís Henrique é acusado de atropelar a vítima e teria manobrado para passar sobre o corpo novamente. Depois, teria descido do carro e desferido golpes na cabeça de Barreto.

Deixou o local, pegou outro carro e voltou para buscar o corpo, enterrado no quintal da casa do agressor, diz a denúncia.