Marília

Carlos Serrano, 53, morre em Marília sem vaga em UTI após apelo da família

Carlos Serrano, 53, morre em Marília sem vaga em UTI após apelo da família

O leito não chegou, a reação que a família esperava não aconteceu. Poucas horas depois de um apelo emocionado nas redes sociais por uma vaga em UTI, familiares e amigos de Antonio Carlos Serrano, 53 anos, noticiaram na noite deste sábado sua morte vítima de complicações da Covid-19.

Carlão, como era chamado por amigos e familiares, era serralheiro e calheiro, o arquiteto da família como diz uma das irmãs, Silvana, Trabalha com a empresa da família no setor, com sede na zona sul da cidade.

Deixa a esposa, Susana, e cinco filhos: Isabela, Pedro – que trabalhava com o pai na serralheira Cinco Estrelas-, Vinícius, Rafael e Amanda. Também deixa duas netas, Manuele e Bárbara, suas grandes paixões.

Muito próximo da mãe, dona Avani, também tinha vida muito unida aos seis irmãos – cinco mulheres e um homem -. Momentos com a família e amigos eram marca nas manifestações públicas de Carlão, descrito sempre como trabalhador dedicado, pai querido, um irmão muito presente.

Faleceu em um leito do Pronto Atendimento da Zona Sul da cidade. Estava internado desde terça-feira com quadro grave. Esperava vaga em UTI, uma transferência que não veio em função da superlotação. 

Mobilizou parentes e amigos na luta por mais estrutura para atendimento contra a doença. A campanha envolveu mensagens para autoridades, hospitais de Marília e região.

“Dói demais, a família está desolada, o Carlão era muito conhecido e todos amavam ele”, diz Simone, outra irmã, que na sexta-feira divulgou a mobilização pela transferência de Carlão. O sepultamento. será feito às 13h deste domingo, sem velório.