Um paciente com 56 anos de idade recuperação audição após uma cirurgia de implante auditivo ancorado ao osso, realizada pela médica otorrinolaringologista Profª Drª Vanessa Pires Dinarte, na Santa Casa de Marília.
Este procedimento tem indicação em casos de pacientes que perderam a audição e não têm possibilidade de utilizar aparelhos convencionais, seja por infecções crônicas de ouvido (otite média crônica, mastoidite), surdez unilateral ou malformações de orelha externa (atresia e ou agenesia de conduto auditivo).
“A prótese auditiva ancorada ao osso consiste em um pino de titânio, fixado ao osso atrás da orelha. O dispositivo foi desenvolvido para transmitir o som por condução óssea, em substituição à condução aérea presente nas pessoas com audição normal. O processador de som capta as ondas sonoras de maneira semelhante aos aparelhos auditivos convencionais, mas ao invés de essas ondas sonoras serem enviadas através do canal auditivo, elas são transformadas em vibrações e transmitidas diretamente para o ouvido interno”, explicou a médica.
Vanessa Dinarte é a atual diretora geral do Ambulatório de Especialidades “Governador Mário Covas” da Famema (Faculdade de Medicina de Marília).
Ela explica que é um procedimento cirúrgico rápido, realizado em torno de 15 minutos, com possibilidade de alta médica hospitalar no mesmo dia.
“A ativação do implante ocorre aproximadamente 30 dias após a cirurgia, e é realizada em consultório por fonoaudiólogo capacitado, com benefício imediato para o paciente”, diz a médica.
A médica otorrinolaringologista lembra que nem todo paciente tem indicação para este tipo de cirurgia e que em outros casos também pode ser indicado o implante coclear.
“Este diagnóstico é feito através de exames, que podem identificar os problemas de audição existentes e a partir de então é feito o encaminhamento para o procedimento adequado”, concluiu.