Um jovem agredido. Um pai em busca de vingança. Uma morte por engano.
Com base nesse enredo, a DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Marília prendeu na tarde da segunda-feira o empresário R.T.I.G., 61 anos, acusado de ser o mandante da execução de Walter Luiz Aparecido Marcondelli Júnior, 41 anos, que teria sido morto por engano no dia 7 de dezembro de 2022 no bairro Fragata.
Segundo a linha de investigação, R.,G, encomendou o crime por vingança contra T., que teria agredido seu filho em meio a uma discussão.
T. seria também frequentador de estacionamento na mesma rua em que Marcondelli trabalhava, a Dr Reinaldo Machado, a poucas quadras do HC.
A 2ª Vara Criminal da cidade expediu mandado de prisão preventiva contra o empresário R.G., que já teria sido ouvido, mas ainda sem divulgação de detalhes do depoimento.
A polícia tem ainda a identificação de outro envolvido, apontado como o intermediário na contratação do atirador, Anderson Ricardo Lopes, o Ricardinho. O intermediário, com nome protegido, teria sido ameaçado pelo empresário, que pode responder também por este crime.
Preso em maio deste ano no Paraná, Ricardinho disse em depoimento à Polícia que errou a vítima e confessou os disparos em Marcondelli.
Foram cinco tiros, o último deles com a vítima já caída entre o asfalto e a calçada da rua, sem condições de reação. Marcondelli morreu no local.
O empresário preso na segunda-feira já foi denunciado pelo promotor Rafael Abujamra e vai responder pelo crime junto com Anderson. O caso tem ainda uma testemunha sob proteção e sigilo.
As informações de um motivo banal ampliam um roteiro cheio de erros – a vítima errada, a arma caiu no local, a moto usada pelo atirador falhou e ele preso pela polícia do Paraná -.