
Fiscais de posturas, cumprimento de regras da quarentena e Vigilância Sanitária em Marília viveram um final de semana agitado, que incluiu autuações em bares, uma casa fechada por lotação com aglomeração na calçada e deve ter novas medidas nos próximos dias. Entre os dias 16 e 20 de dezembro foram inspecionados 109 estabelecimentos com um balanço final de 7 multas e essa interdição.
Um bar da avenida Sampaio Vidal foi alvo de denúncias e os fiscais encontraram a casa com público acima da capacidade na área interna e uma aglomeração de pessoas na calçada.
Segundo o coordenador da fiscalização, Juliano Battaglia, o proprietário recebeu bem os fiscais, concordou com a medida e em 15 minutos as atividades foram encerradas.A Vigilância Sanitária informou nesta manhã que o bar foi interditado.
Segundo a Vigilância, uma festa com mais de 200 pessoas no local provocou a medida. “É lamentável a ocorrência de eventos dessa natureza no momento importante que estamos passando durante a pandemia, pois a taxa de lotação dos leitos UTI Covid-19 estão aumentando juntamente com o número de casos positivos na cidade e até no Estado, estamos na ocasião que a população em geral precisa colaborar para evitarmos o colapso na rede de atendimento de Saúde”; disse o ssupervisor da Vigilância Sanitária, Luciano Vilella.
O caso deve provocar outras medidas a serem estendidas para todas as casas com problemas: um termo de compromisso para evitar novos casos sob pena de punições mais rígidas.
Houve também fiscalização com autuação na avenida das Esmeraldas por problemas de distanciamento entre clientes. Desde quinta-feira em fiscalizações até a madrugada. Aparentemente foi todo mundo tranquilo, um ou outro caso isolado.
“Desde a quinta-feira promovemos visitas até a madrugada. Mas a gente vê que uma parte da população é inconsequente. O público muitas vezes complica, reage mais que os donos dos estabelecimentos”, disse Battaglia.
As equipes estiveram também no Mineirão, como é conhecido um poliesportivo da zona norte, onde houve disputa de futebol amador. As equipes de Vigilância, que acompanham regras de prevenção, protocolos de saúde, também fizeram rondas noturnas em diversos pontos com orientação do supervisor Luciano Vilella.
“Dentro do espaço público, no que cabe à prefeitura regulamentar, foi tudo correto. Entraram as equipes, diretores – alguns com esposas, equipes técnicas. A arquibancada teve controle. Mas o pessoal de fora, que está no seu direito de circular, a fiscalização não tem como impedir. Nós orientamos, a organização do jogo ajudou nisso”, disse Battaglia.
O coordenador disse ainda que nos próximos dias deve discutir com outros serviços públicos, incluindo a Polícia Militar, medidas de controle na pista de cooper da avenida das Esmeraldas, que recebe concentração de adolescentes nas noites de sexta e sábado.
“É importante lembrar que é uma epidemia, tem a quarentena mas sem toque de recolher. As pessoas têm o direito de ir e vir. O que vamos discutir é o controle de abusos, como bicicletas na pista, consumo de bebidas por menores. Eles têm o direito de estar lá, vamos garantir isso com respeito às regras”, disse Battaglia.
O coordenador reforçou o pedido para que a população seja parte da solução. “Temos equipe limitada de fiscais, escalas de folgas, direito a descanso, limites de horas extras, dificuldades técnicas óbvias que impedem de estar em todos os lugares. O que precisa é a população ter consciência, evitar os locais lotados, as situações de descontrole e risco. Isso é uma questão de cidadania, não de fiscalização de posturas.”