Marilienses que moram em Araçatuba e Presidente Prudente, cidades que registraram fortes tempestades nesta sexta-feira, relatam situações de susto, transtornos para moradores e empresas e grandes prejuízos.
A tempestade em Prudente começou pouco depois do meio-dia, quando a enfermeira e professora Mariana Vastag de Oliveira estava no apartamento em que mora em um condomínio.
Ela disse que viu a aproximação da grande nuvem de poeira que atingiu a cidade e o início da ventania. “Começou a esquentar demais e a ficar bem escuro e a mancha vermelha na região. Logo começou a ventar muito. “
Recebeu no celular um alerta da Defesa Civil sobre risco de granizo e repassou a outros moradores. Se preparava para sair para o trabalho quando a energia caiu.
“O vento derrubou motos que estavam na garagem, começou a sujar muito e aquele vento com pingos fortes de chuva. No caminho para o trabalho já encontrou árvores caídas. Uma árvore enorme da Unoeste caiu, interditaram parte de acesso, e notícias de casas detalhadas.”
Mariana conta que a cidade tem relatos de problemas em diversos bairros. No condomínio em que mora a energia voltou só no final da tarde. Empresas e até hospitais enfrentaram problema de queda de energia.
“Fiquei um pouco assustada. Leva a crer que um sinal de que se prejudicou tanto o meio ambiente que agora vamos ter que aprender com essas situações. Calor absurdo, de repente frio, as tempestades”, disse.
ARAÇATUBA
Em Araçatuba a ventania derrubou parte de uma construção, árvores e deixou vários pontos da cidade sem energia. Por volta das 17h muitas empresas e até postos de combustíveis estavam fechados.
“Tudo parado na cidade. O estrago foi grande. Pelas informações que a gente recebe são vários bairros sem energia, danos em veículos, danos em prédios”, conta um mariliense, analista jurídico, que vive na cidade.
Outro mariliense, o estudante Francisco Dantas, deixou o carro na área descoberta da garagem. E pretendia sair para algumas compras. Desistiu “Começou a chover forte, ventar forte, nem arrisquei mexer com o carro e nem sair. E aí os amigos já começaram a contar de falta de energia, de estragos. Fiquei em casa.”