O bloqueio de repasses federais para a escola estadual Antonio Augusto Neto por causa de problemas na prestação de contas deve virar caso de justiça em Marília. Pais de alunos pretendem levar o caso ao Ministério Público Federal para investigação de responsabilidades e medidas para liberação de contas da unidade.
Segundo Lourival Salvino, funcionário do Complexo Famema, pai de aluno e integrante do Conselho de Escola, uma representação ao MPF será um dos temas para discussão em uma reunião extraordinária do órgão que ele mesmo solicitou à direção da escola.
Salvino explicou que as contas da escola estão bloqueadas há quase quatro anos em decorrência de gastos irregulares e falta de prestação de contas por uma diretora que já deixou o cargo e até a cidade. Uma nova diretora foi nomeada no início deste ano.
Ele protocolou o requerimento de reunião extraordinária nesta quarta-feira, dia 4, após divulgação do caso pelo Giro Marília, que mostrou manifestações do Grêmio Estudantil com pedidos de solução, e disse que faltam informações sobre a crise.
“Nesses quatro anos não houve transparência. Agora tem repercussão por causa dessa publicação sobre o protesto do Grêmio Estudantil e queremos saber mais detalhes”, explicou.
Segundo Salvino não há informações claras sobre o volume de repasses bloqueados ou as medidas já tomadas. “A gente quer é a apuração de responsáveis e uma solução porque a escola não pode pagar por isso, a escola é da comunidade, é do Estado, dos alunos”, afirmou.
A crise na escola envolve falta de prestação de contas sobre repasses federais e estaduais e compras feitas no comércio próximo à escola, inclusive com cheques da APM. Salvino disse que não há informações sobre os valores.
O protesto do Grêmio Estudantil mostrou que a falta de repasses impede investimentos em estrutura, equipamentos, laboratório de informática e outras medidas de suporte aos alunos.
A Secretaria Estadual da Educação divulgou uma nota oficial sobre o caso.