Está na Câmara de Marília para análise e votação o Plano diretor de Turismo de Marília, que prevê investimentos como a implantação do memorial da TAM na cidade, além de três museus – de Paleontologia, de Esportes e da Fazenda Cascata -, criação de novas áreas de parque e bosque e outros investimentos no setor.
O plano apresenta em 536 páginas um raio-x sobre a estrutura econômica, geográfica e social da cidade. Lista as vantagens e dificuldades de Marília em desenvolver o setor e estabelece um plano de ações municipais para atrair investimentos, visitantes e desenvolvimento do setor.
Mas o plano vai além dos investimentos e obras. Prevê a implantação de programas e políticas de incentivo ao turismo, difusão de informações sobre a cidade e preparação de Marília para receber melhor os visitantes que chegam em busca de serviços de educação, saúde ou negócios.
Uma das ideias é criar o fundo municipal de turismo, com investimento permanente para o setor, que hoje patina em gastos mínimos. A própria execução do plano só foi possível graças ao investimento de empresas.
O festival gastronômico, que todos os anos atrai turistas, nunca conseguiu investimentos sérios em suporte, comunicação visual na cidade ou promoção em espaços públicos.
O projeto é resultado dos esforços de empresas, entidades como Sindicato de Hotéis e Restaurantes, Marília Convention Bureau e suporte da Secretaria de Desenvolvimento e Turismo. Foi coordenado pelo professor Gilberto Rossi, e pela coordenadora de turismo da secretaria, Fernanda Monteiro.
O plano resgata algumas ideias antigas mas que nunca saíram dos discursos ou do papel, como o Parque da Represa Cascata, um parque linear ao lado da ferrovia e o aproveitamento turístico dos vales da cidade.
O Parque dos Itambés reuniria em espaço de preservação e visitas todos os espaços de vales no contorno urbano da cidade. Além de criar pontos de visitação, o plano prevê uso de espaços como mirantes, aproveitamento de cachoeiras e atividades esportivas.
Também prevê investimentos para melhorar o aproveitamento da avenida das Esmeraldas, que já é um grande centro de atração de pessoas, com incentivo para as atividades esportivas e de lazer. A avenida seria oficializada como a “praia de Marília”
A instalação do memorial da TAM tenta resgatar vínculo histórico da empresa – hoje Latam – com a cidade onde foi fundada. Segundo o plano diretor, o investimento deve unir recursos públicos e privados e prevê 36 meses de prazo até a implantação após início das obras.
O projeto não estabelece valores e nem previsão de início para qualquer das obras. O Plano Diretor de Turismo ainda depende de retomada das sessões da Câmara e tramitação pelas comissões internas até votação