Agentes de Organização Escolar e outros servidores do quadro de administração de escolas do Estado em Marília fazem nesta segunda-feira um dia de protesto e paralisação contra falta de reajustes salários, baixos valores de remuneração e desigualdade na rede de ensino.
O protesto levou manifestantes para a porta da Diretoria Regional de Ensino, no centro da cidade. Os servidores levam cartazes com palavres de ordem contra arrocho salarial e apresentaram uma carta endereçada à diretoria.
Segundo a categoria, além de salários baixos e dez anos sem reajuste, os profissionais foram excluídos de um programa de abono salarial para professores. Eles apontam salário inicial de R$ 1.056 mais pagamento de um ticket alimentação de R$ 12,00. “Não dá para marmita.”
O Estado diz que a origem dos recursos – do Fundo da Educação – é destinada exclusivamente ao quadro do magistério, os professores. Diz ainda que legislação federal impede qualquer reajuste de salários neste ano.
“Fato é que a bonificação paga anualmente a todos os trabalhados possui a mesma origem, o que demonstra falta de vontade política e excepcional descaso com estes profissionais e falta de política salarial decente”, diz a carta.
Marília tem pouco mais de 300 agentes de organização escolar, que atuam na base da manutenção das escolas.
“Sustentam funcionamento satisfatório das escolas e recebem uma complementação vergonhosa no holerite para que a remuneração não fique abaixo do piso nacional”, diz o documento.
A carta lembra ainda que os agentes trabalharam presencialmente durante a pandemia para manutenção da escola, atendimento ao público e busca ativa de alunos.
“É evidente e vergonhosa esta discriminação, ferindo todos os princípios trabalhistas que pregam isonomia, paridade e igualdade nas escolas.”