Perigo eminente de desabamento após identificação dos sete principais problemas que podem ser encontrados em edificações após ocupação, É esta, em resumo, a conclusão da perícia de engenharia no prédio.
O documento embasou uma ordem judicial para interditar os 44 blocos e 880 apartamentos do conjunto Paulo Lúcio Nogueira, conhecido como CDHU, na zona sul de Marília. O laudo produzido pelo engenheiro. Paulo César Lapa foi assinado no dia 1º de novembro com dados coletados 23 de agosto e 24 de setembro do ano passado.
O perito explica que os sete “sintomas” são Fissuras ou trincas em elementos estruturais e alvenarias; Desagregação do concreto; Ruptura do concreto; Carbonatação; Corrosão da armadura; Percolação de água; Manchas, trincas e descolamento de revestimento em fachadas.
“Todos os sintomas descritos, foram detectados no caso em tela, sendo estes ocasionados pela ausência de manutenção no sistema de impermeabilização, tanto da fachada, quanto das lajes do ático e piso das escadarias”, diz o documento.
A água que atinge o interior da estrutura provoca oxidação e expansão das ferragens, sendo estas as causas das trincas e rachaduras, desagregação do concreto e carbonatação das superfícies próxima a ocorrência.
O perito entende ainda que os problemas possuem origem FUNCIONAL, devido à ausência de manutenção adequada, de responsabilidade do condomínio do Conjunto Habitacional Marília “O” – Paulo Lúcio Nogueira.
“Atitudes urgentes deverão ser tomadas para os reparos nos elementos estruturais danificados, bem como procedimentos na conscientização dos moradores, no que diz respeito a limpeza e manutenção das áreas comuns, para evitar que todas essas manifestações patológicas voltem a acontecer”
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Veja abaixo os detalhes dos problemas
– ESCADAS
Manifestações com desagregação do concreto com a ferragem exposta, decorrente do alto grau de umidade advinda de infiltrações generalizadas pela laje existente nestes vãos, sem qualquer cobertura e manutenção inadequada. Estão em perigo iminente de desabamento, com riscos graves aos moradores e quem utiliza este acesso às unidades.
– PISOS DE CONCRETO EXTERNOS
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Tanto os pisos de concreto existentes nas partes comuns dos blocos como as calçadas, devido as infiltrações generalizadas de água de chuva encontram-se com deformações acentuadas, trincas e orifícios em grande parte da área.
– CAIXAS DE INSPEÇÃO E GORDURA
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A totalidade das caixas de inspeção e de gordura sofreram a ação do afundamento do solo devido as infiltrações das águas de chuva, afetando tanto as paredes laterais como os fundos, acarretando as infiltrações generalizadas de esgoto tanto nas área internas dos apartamentos situados no pavimento térreo como nas áreas comuns do empreendimento.
– LAJES FORRO E COBERTURAS
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Total falta de limpeza da laje impermeabilizada, falta de reparos em tubulações, conduítes, fiação, telhas quebradas e deformações na estrutura da cobertura dos blocos do empreendimento. Há o acumulo de água, pois os condutores que servem para conduzir a água para baixo estão entupidos
– ABRIGOS DE GÁS
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Não estão sendo utilizados pelos moradores pois as tubulações que serviriam para a condução para as unidades estão totalmente afetadas, com vazamentos e rompimentos em sua extensão. Tal situação fez com que os moradores utilizassem seus botijões na parte interna dos apartamentos, acarretando riscos graves de vazamentos e possíveis incêndios. Em muitos casos não há a ventilação adequada, ou seja, foram adaptados os lugares para o funcionamento.
– AREA EXTERNA DO EMPREENDIMENTO
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Total falta de manutenção; ande quantidade lixo que causa entupimentos nas canaletas de águas pluviais e das tubulações e caixas de captação. Entupimentos nas caixas de inspeção de esgoto, retorno de água para os apartamentos e áreas comuns. Falta na reposição de grama provoca erosões e desagregação de parte da terra.
