Marília

SP-294 prevê pedágios em um ano e obras em até dez; contrato tem confusões

Governador João Doria e o vice, Rodrigo Garcia, durante anúncio da concessão – Divulgação
Governador João Doria e o vice, Rodrigo Garcia, durante anúncio da concessão – Divulgação

O projeto de concessão da rodovia SP-294 entre Bauru e Panorama, que transferir do governo estadual para uma empresa a gestão e arrecadação com a rodovia, embute pegadinhas para os usuários e cidades em volta.

A minuta do contrato divulgado pela Artesp, a agência reguladora dos serviços, mostra prazo curto para instalação dos pedágios e boa dose de espera para algumas obras.

A previsão de implantação do Contorno de Pompéia, uma das obras mais comemoradas da proposta, só deve começar no sexto ano do contrato e terminar no sétimo.

O contorno de Paulópolis vai esperar ainda mais. Começa no nono ano do contrato para ser concluído no décimo.

Os três trechos de duplicação previstos na concessão começam em três fases. O primeiro, no KM 560, a partir do segundo ano de contrato. O segundo, no km 600, só a partir do terceiro ano e o último, no km 649, no quarto ano de contrato.

Mas a ativação das praças de pedágio deve começar no primeiro ano de contrato, o que já aconteceu, por exemplo, com a Rodovia SP-333 – que inclui o contorno de Marília-.

Significa dizer que a empresa terá até nove anos de arrecadação antes de iniciar a última grande obra do contrato.

Além disso, os anexos mostram conflitos. O anexo 4, que trata da estrutura tarifária e define implantação dos pedágios, prevê cinco praças no trecho entre Marília e Panorama e fixa áreas da rodovia onde eles seriam instalados.

O anexo 7, que estabelece os serviços correspondentes à ampliação das rodovias, prevê uma praça a menos – quatro pedágios – e em locais diferentes para pelo menos dois deles.

Os documentos estão disponíveis na página de transparência da Artesp, que oferece os modelos para fase de consultas públicas e sugestões e o número de praças e sua localização podem não ser definitivos.

O projeto de concessão está em fase de contribuições por email e programação de audiências