– O que aponta como maiores acertos e erros do passado em Marília?
Sou de São Paulo, então qualquer erro da gestão pública parece pequeno frente os problemas com que lidava até o ano 2000, quando cheguei aqui. Percebe-se, que como a maioria das cidades do interior, Marília não foi projetada para o crescimento, e uma hora esse crescimento chega e a cidade (estruturalmente) e sua população (problemas sociais) são pegas de surpresa.
Mas é importante destacar que essa não é uma exclusividade de Marília, é a grande realidade das cidades brasileiras, lutando para dar conta das demandas de sua população e lidando com a falta de recursos e de preparo de parte dos gestores.
– Como você vê a cidade hoje?
Marília hoje é minha casa. Sou mais apaixonado por esta cidade do que muito mariliense. Acho ela linda, hospitaleira, ainda segura (a valorização da educação e cultura são fundamentais para que esse quadro não mude) e com problemas que são gerados pelo crescimento desordenado como boa parte das cidades brasileiras.
Estamos num momento onde parte da sociedade e as entidades vivas da cidade estão exercendo a cidadania com toda sua força, participando da gestão, cobrando retidão de nossos governantes e se envolvendo em assuntos que são de interesse da cidade.
Temos problemas sim, mas temos também uma qualidade de vida difícil de se encontrar por ai e que deve ser preservada e pode ser melhorada com atenção a questões que ainda não são tratadas com a devida importância, como nosso meio ambiente e a questão da mobilidade urbana.
– Quais os desafios para o futuro?
Temos que projetar nossa cidade para uma nova época. A economia criativa deve ser estimulada. O perfil dos empregos está mudando e junto com essa mudança vem ameaças e oportunidades. Temos que valorizar todo nosso parque industrial, nosso comércio e serviços, mas temos que olhar para outras frentes também.
Estamos prontos para nos tornarmos um parque tecnológico que vai potencializar a área de Tecnologia da informação, e dar uma escala maior a essa mudança. Acabamos de conseguir o título de Município de Interesse Turístico que com verba vinda do Estado, além de deixar a cidade mais bonita e hospitaleira para quem nos visita, atrairá um novo fluxo de pessoas e junto com elas empregos e oportunidades de trabalho surgirão, gerando mais impostos e qualidade de vida para nossa população.
Para que essa projeção positiva se concretize temos que nos preocupar com temas sensíveis a esse crescimento. A proteção ao meio ambiente da cidade ainda é praticamente inapta, nosso Plano Diretor é muito pouco respeitado/consultado, apesar da obra de afastamento de esgoto estar em sua reta final, os cuidados com leis de zoneamento e liberações para exploração imobiliária, com nossos vales, nascentes e o problema do lixo ainda comprometem bastante essa expansão.
A questão da mobilidade urbana e o acúmulo de automóveis nas regiões mais centrais também tendem a se agravar e precisam ser tratadas com coragem pela gestão pública. Nem sempre zelar pelo futuro da cidade significará agradar a todos, mas muitas vezes esse tipo de ação pode garantir uma qualidade de vida para nossas próximas gerações.
Gilberto Rossi Júnior, professor e turismólogo, coordenador do Marília Visitors & Convention Bureau
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