Entendo que a cidade tem uma dinâmica própria e que a Prefeitura e a Câmara municipal são duas instituições diretamente responsáveis pelos nossos sucessos ou insucessos. Se avaliarmos o quadro retrospectivo, toda vez que a Câmara Municipal e vereadores tiveram uma melhor sintonia com o gestor executivo que estava ocupando o cargo principal e com os secretários nós obtivemos melhores resultados.
Não significa que a Câmara não deva fazer o seu papel de fiscalizar, de cobrar, de sugerir e propor ações que impulsionem o desenvolvimento em todas as suas instâncias. Esta sintonia em nível de gestão vem ao encontro de anseios e necessidades da comunidade e, com um bom planejamento, preferencialmente harmônico, é possível conquistar benefícios que agradam uma parcela mais significativa da população.
Acertamos quando valorizamos a nossa cidade, quando apresentemos e “vendemos” o que de melhor temos para a própria população e em todas as oportunidades externas que surgirem, com por exemplo: eventos, feiras, workshops, reuniões setoriais ou nas instâncias do governo estadual e federal.
Acertamos quando investimos em setores e segmentos que impactam a qualidade de vida da população: retomada da obra do esgoto, investimentos na área de monitoramento e segurança pública, na qualidade da educação nas escolas municipais, na maior integração da Câmara com a Prefeitura, na valorização das como centros de pesquisa e inovação, quando cuidamos do que é essencial e necessário, porém sem descuidar de outros fatores que fortalecem um conjunto de ações paralelas que vão resultar em melhorias coletivas, por exemplo, investir na imagem da cidade e no turismo receptivo.
Erramos quando perdemos e aceitamos a mudança de uma regional já instalada aqui é levada para outra cidade por uma articulação política mais forte que a local, erramos quando não nos articulamos o suficiente e sinergicamente para convencer investidores e o próprio governo estadual que o aeroporto, no cenário atual, é o mesmo que a estrada ferroviária representou no início da nossa história; erramos quando não trabalhamos e exploramos mais, muito mais, na mídia em geral dados e números que potencializam nossa grandeza em comparação a outras cidades do estado e do país.
Números da indústria de alimentos, igualmente da indústria metalúrgica, números da área tecnológica que hoje já emprega mais do que o setor industrial, do volume de depósitos bancários registrado ao final de cada dia de expediente, do emplacamento de novos veículos, dos alunos atendidos pela rede municipal de ensino, dos resultados positivos das nossas empresas, das exportações.
Aprendi que é preciso comemorar e celebrar toda conquista, ainda que mínima, porque quando deixamos de fazer isto erramos. Erramos quando não levamos para as universidades os nomes de talentos que fizeram história da indústria local, no passado e no presente, para que sejam estudados como cases de inspiração.
Como eu vejo a cidade hoje
Uma cidade pujante que atrai novos investidores, cidade que chama a atenção dos institutos de pesquisa que cuidam das estatísticas pelos índices que nos destacam da média, cidade de jovens universitários, de pesquisadores em doutores em vários segmentos que impulsionam o desenvolvimento intelectual, cidade que esta envidando muitos esforços para instalar o tão sonhado Parque Tecnológico e que vai gerar muitos benefícios, cidade que está com os pés no futuro e ainda com alguns bloqueios do passado, cidade gostosa de viver, de passear, de comer bem e se divertir, cidade para fazer amigos.Nosso clima é privilegiado, nossa gente é amistosa e acolhedora, nossa paisagem urbana e rural é agradável aos olhos, tudo bem, não temos rios, porém temos vales de imensa beleza e temos a juventude dos 90 anos. Isto mesmo. Somos jovens comparados com muitas cidades do mesmo porte que já estão na segunda ou terceira idade e, por isso mesmo, temos muito por fazer e aprender.
Nossos desafios
A política sempre vai existir, faz parte do processo, seja ela partidária ou não, como também os interesses pessoais sempre vão acontecer e podem prevalecer sobre questões coletivas. Quando acontece, isso não é bom.
Precisamos ter foco e visão de futuro compartilhada. Há os que enxergam a estrada e sabem que pode nos levar ao destino desejado, há os que enxergam a rua e sabem que pode nos levar a outro bairro, e há os que só enxergam os buracos e perdem a chance de desfrutar da viagem.
Prefeitura, Câmara, Conselhos, entidades de apoio ao desenvolvimento, órgãos de classe, ONGS, pessoas e profissionais, a comunidade, é o que representa este contexto urbano nas suas mais diversas performances. Entendo que cada um deve sim cuidar dos seus afazeres, da sua profissão, da sua família, porém é preciso cuidar e fortalecer também o sentimento de coletividade.
Para terminar eu faço uma ilustração. Lembro quando ainda criança uma das primeiras atividades da minha mãe era varrer a calçada da frente da casa. Igualmente a ela as outras vizinhas também varriam a calçada, juntavam e recolhiam o lixo e depois ainda jogavam água com o balde feito com lata de óleo comestível reciclada. Isso era a rotina de segunda a segunda, e quando uma das vizinhas estava doente alguém já tomava a iniciativa de fazer a tarefa por ela.
A visão individual era: ter a frente da casa sempre limpa e bonita. Calçada e jardins sempre bem cuidados.A visão coletiva era: ter a rua onde morávamos sempre limpa e bonita e, preferencialmente, ser a rua mais bonita do bairro e da cidade. Isso era contagiante.
Pra mim este é o melhor exemplo de visão de futuro que os meus pais deixaram como legado.
Marília tem talentos, tem profissionais competentes, tem dinheiro e capital para alavancar novos negócios e atrair novos investidores, tem um bom posicionamento no ranking que avalia qualidade de vida e oportunidade para novos negócios, tem vocação e potencial para o turismo receptivo de negócios, tem natureza e um dos poucos museus de paleontologia do país com fósseis de interesse da comunidade científica internacional, e está se firmando como o mais novo pólo de tecnologia do estado de São Paulo, tanto que somos referência para o governo estadual sobre este tema.
Falta ajustar a Visão de Futuro compartilhada. Só depende de nós.
Ivan Evangelista Jr, gestor de comunicação e marketing e assessoria empresarial. Membro voluntário do COMTUR e da Comissão de Registros Históricos de Marília.
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