Algo que parece tão comum para os homens, viajar sozinha ainda é um enorme desafio para algumas mulheres. O medo de ser assediada, contratempos e alguns preconceitos assustam a mulher que deseja viajar sozinha, mas entre tantas dificuldades que podem ser enfrentadas, a experiência de fazer uma viajem desacompanhada é extremamente gratificante.
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As irmãs influenciadoras Marcella e Mariana Pacca, que comandam o blog Segredos de viagem, além de relatar os desafios que uma mulher tem quando decide viajar sozinha , e também o quão recompensadora essa experiência pode ser, também dão algumas dicas para quem quer fazer a primeira viagem sem ninguém junto.
1. Esteja pronta para lidar com o preconceito
”Quando começamos a planejar uma viagem, optar por viajar sozinha já abre margem para os familiares serem os primeiros a indagar porque não levar um parceiro ou um amigo junto”, relatam as irmãs.
Esse preconceito age muitas vezes mascarado como preocupação que algo possa acontecer, tornando a barreira que muitas mulheres tem ao pensar em viajar sozinha ainda maior. ”As pessoas têm medo e zelam pelo viajante solitário e se, é mulher, a preocupação é muito maior”, continuam.
”Já perdi as contas de quantas vezes me perguntaram porque estou indo para uma viagem sozinha. Hoje que estou casada ouço ainda mais essa preocupação”, comenta Marcella. ”A gente sabe que a pessoa não faz por mau e usa esse pretexto para começar uma conversa ou se mostrar solidário”, completa.
2. Atenção na escolha do destino
Ao planejar uma viagem sozinha, a viajante deve estudar os destinos com ainda mais precaução . Recomenda-se que o local que for escolhido seja um destino mais amigável , que não seja tão hostil para aquela que viaja desacompanhada, ainda mais quando se trata das primeiras viagens solitárias. ‘
‘Por mais que a viajante tenha interesse em quebrar padrões é importante, nas primeiras experiências, optar por destinos que sejam mais abertos ao fato de uma mulher estar viajando sozinha”, comenta Marianna, ”Portugal, Bali e Canadá são alguns dos destinos recomendados para explorar sozinha pela primeira vez”, recomenda.
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3. Saiba que há risco de assédio durante a viagem
Apesar de tantas campanhas de conscientização e punições mais severas para quem pratica o crime, o assédio ainda é algo que a mulher combate todos os dias, independente do lugar onde vive, como comenta Marianna.
”Eu resido nos Estados Unidos, em Washignton DC, onde considero um local seguro para se viajar sozinha, mas sabemos que o assédio ainda existe em qualquer lugar e infelizmente não pode ser ignorado”.
A influenciadora ainda compartilha uma pesquisa feita pela Thomson Reuters Foundation, que teve como intuito listar os 10 piores países do mundo para as mulheres, com a Índia liderando a lista, e os Estados Unidos na décima colocação, o Brasil ficou fora da lista feita pela instituição.
”O mesmo cuidado que temos no Brasil, temos que ter fora, e usar de toda nossa intuição – que já está muito bem treinada pelo simples fato de sermos mulheres – para nos prevenirmos contra atos indesejados”, completa a blogueira.
4. Aproveite seu momento de autoconhecimento durante a viagem
Apesar de todas as dificuldades, uma viagem solitária pode ser uma experiência marcante na vida de qualquer mulher. ”Ao se planejar e se permitir viajar sozinha, o autoconhecimento antes, durante e após a viagem é enriquecedor”, comentam as irmãs.
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Uma viagem desacompanhada pode ser uma experiência totalmente empoderadora para uma mulher, tendo em vista que ela que vai tomar todas as decisões do que fazer e de quando fazer, como dizem as blogueiras ”Apesar de alguns contras existiram, quando bem planejada, uma viagem sozinha pode ser o divisor de águas na vida de uma mulher e empoderá-la a tomar as rédeas da própria vida e se permitir mais”.
5. Percepções diferentes
Ao viajar acompanhada de amigos ou da família, a experiência que a mulher pode ter no destino é completamente diferente que ela pode ter quando viaja sozinha, como explicam as influenciadoras: ”Ao viajar sozinha (e isso vale tanto para homens e mulheres) estamos mais abertos a conhecer novas pessoas e experimentar coisas diferentes”.