Já falei de Puma aqui na coluna. A marca brasileira se notabilizou com a produção de esportivos cheios de estilo e personalidade. Mais do que isso, conseguiu conquistar mercados estrangeiros, reconhecidamente exigentes, com algo diferente e totalmente nacional.
A Puma Veículos foi criada em uma fazenda na cidade de Matão. Rino Malzoni tinha posses, mas também bom gosto para imaginar algo que fizesse a diferença. Inicialmente, vale ressaltar, os felinos motorizados da Puma fizeram sucesso nas pistas com motores de dois tempos da DKW.
O sucesso no automobilismo acabou gerando a necessidade de criar algo urbano. Muita gente queria acelerar o esportivo na rua. Dessa forma o Puma GT passou a ser comercializado de forma artesanal e foi se aprimorando com o passar dos anos.
O ano de 1967 marcou uma transição importante. O motor de dois tempos dava lugar a a uma estrutura mais moderna e também uma mecânica bem acertada para a época. O propulsor boxer com 1.500 cm³ de cilindrada logo provou ter sido uma escolha acertada.
O exemplar da matéria é um deles. E bem raro, por sinal. Estamos falando da carroceria de número 38. Na época o Puma passou a utilizar o chassi do Karmann-Ghia, algo que se mostrou bem acertado para a dinâmica do carro.
O habitáculo é pequeno e a estatura é um elemento importante para se ajustar bem à sua ergonomia imperfeita. No meu caso, com 1,72 metro, o encaixe é ideal. Giro a chave a o ronco do motor boxer com escape esportivo de época faz toda a diferença.
O Puminha, como foi carinhosamente chamado, é ágil com a carburação dupla e segue em frente. A relação peso e potência é um desses pontos-chave. Na década seguinte ele receberia o chassi da Brasília e, assim, cresceria de tamanho. Em breve falarei sobre um Puma desses.