O Dodge tem uma bela história no Brasil. A Chrysler chegou por aqui ainda na década
de 60. O primeiro modelo foi o Esplanada que logo de cara se destacou no mercado. O
Dart chegaria em 1969 e elevou o padrão para um degrau acima. Um de seus principais
concorrentes nessa época era o Chevrolet Opala.
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Durante a década de 70 a família cresceu com novas versões baseadas no Dodge Dart . Entre
elas a Charger R/T , que fez bastante sucesso, e a Charger LS. No final do período
Magnum e Le Baron se destacaram e marcaram a despedida dos V8.
O exemplar da matéria recebeu um equipamento de sobrealimentação bastante comum
nos Estados Unidos: o blower. O equipamento é ligado ao virabrequim e garante força
desde baixas rotações. É uma preparação eficiente e que exige uma montagem
cuidadosa. Nesse caso feita pelo Arthur Graxa Lima, da WOT preparações, oficina
conhecida da Zona Norte de São Paulo.
Ronco ensurdecedor
Guiar o Dart é uma experiência singular. A primeira impressão é por conta do aspecto
físico do blower, que rasga a parte central do capô e também dificulta a visão nas
laterais. Mas o restante da experiência justifica qualquer coisa. O manômetro de pressão
se destaca e fica visível para o motorista.
Na primeira pisada ele já mostra a que veio. O V8 ronca forte e acima dos 3 mil giros o
blower é ouvido com mais vitalidade. Antes disso ele apenas assobia. Mas a partir dessa
faixa de rotação o ruído se torna algo presente, aliás, onipresente, ecoando pela rua de
maneira incrível.
Nesse ponto a segunda marcha é engatada e chega a hora de pisar mais fundo. Corpo
colado no banco, pneus destracionando e mais ruído da correia do blower que a partir
desse momento já encheu os ouvidos e dominou todos os sentidos.
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O clássico da Dodge traz ainda cintos de quatro pontos e instrumentação completa para monitorar a usina de força com 425 cv e 72 kgfm. Já o blower está intimamente ligado à cultura automotiva norte-americana e olhando para ele lembramos de filmes e séries de TV. Até a próxima semana!