Mesmo com a redução do movimento nas ruas, por conta da pandemia, os índices de roubo de carros e motos não diminuíram. Diante disso, a maioria das cidades brasileiras está mais perigosa — na proporção de pessoas/violência nas ruas. Segundo os relatórios da GS Seg, empresa de rastreadores de veículos, os roubos e furtos tiveram 55% de queda após a primeira semana da quarentena, mas voltaram aos patamares anteriores em abril. A estatística foi obtida a partir de mais de 200 mil clientes rastreados.
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Já segundo o Grupo Tracker, o número de roubo de carros vem aumentando desde as últimas duas semanas de março (15 a 28) em comparação às duas primeiras (1 a 14). A coleta dos dados analisou as ocorrências com carros, picapes e SUVs, que cresceram em 14,5%. Em contrapartida, o roubo de motocicletas caiu em 12,5% e de caminhões em 7,1% no mesmo período. Por outro lado, o Rio de Janeiro registrou queda 34,1% de furtos e roubos de carros, picapes e SUVs. O segmento de caminhões e motocicletas se manteve com o número de registros estabilizado.
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A Ituran, por sua vez, entende que os desmanches clandestinos são o principal motor desses crimes, o que justifica a preferência pelos hatches. O mapa de calor da violência aponta uma maior concentração na região que divide a Zona Leste com o ABC. Os especialistas analisaram que essa região tem a maior concentração na quantidade total de ocorrências, além de que é o destino mais comum dos bandidos que cometeram delitos em outros lugares da Grande SP. Em meio a esse relato, a empresa observou que 40 minutos é o tempo médio necessário para o meliante levar o carro, chegar ao destino e desmanchá-lo.
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Do total de ocorrências, 63% dos casos de subtração de veículos são oriundas de furto, enquanto que o restante (37%) são roubo de carros propriamente ditos. No Rio de Janeiro, a situação é completamente oposta. Segundo eles, 85% dos casos são roubos, enquanto apenas 15% são furtos de carros . E o tipo de carros que os ladrões preferem são os sedãs e os SUVs. Os especialistas dizem que os meliantes cariocas (em sua grande maioria traficantes) os usam para fins operacionais.