Marília - A família do técnico agrícola Hamilton Olímpio Ribeiro Júnior cobra da Prefeitura de Marília e do Estado de São Paulo o pagamento de indenizações e uma pensão para a filha, por consequência de sua morte no rodeio de Marília.
O valor é alto: R$ 6 milhões, além da pensão. São 500 salários mínimos para os pais e dois irmãos, a mãe da menina, além de R$ 1,5 milhão para a filha, de 12 anos.
Há um pedido de urgência para que o Estado e a prefeitura comecem já a pagar a pensão para menina. A família quer dois terços do salário que o pai recebia, R$ 3.500. A Justiça encaminhou o pedido para manifestação do Ministério Público.
Hamilton morreu na madrugada de 31 de agosto de 2024 na arena de rodeio que a prefeitura montou, em evento que a cidade terceirizou a ajudou a financiar. Foi alvo de quatro disparos pelo soldado da Polícia Militar Moroni Siqueira Rosa.
Família cobra indenização
A cobrança aponta responsabilidade do Estado pela atuação de um agente público, com porte de arma oficial que a Polícia Militar cedeu a ele para uso.
Cobra a prefeitura por apresentar o município como um dos organizadores do evento. A cidade fez coleta de alimentos, anunciou uso de emenda federal, abriu portões e promoveu série de licitações para serviços de suporte.
O caso tramita em sigilo de Justiça e já recebeu contestação. O Estado pediu a suspensão do processo. Além do procedimento criminal, Moroni responde a um procedimento administrativo que pode provocar sua demissão da PM.
O Fórum Central Cível da capital, onde a ação tramita, expediu ofício para que a Justiça em Marília com pedido de informações sobre o processo criminal pela morte de Hamilton.