Polícia

Agentes discutem greve de três dias na PF de Marília

Agentes discutem greve de três dias na PF de Marília

O diretor do Sindicato dos Agentes da Policia Federal em Marília, Flávio Pinheiro, anunciou ontem que uma reunião nesta terça-feira, 21, vai definir se os agentes locados em Marília vão ou não participar da paralisação convocada em nível nacional a partir de quarta-feira. “Vai depender do sindicato dos agentes do estado de São Paulo. Se ele entrar na mobilização, nós também entraremos”.

Em assembleias realizadas na semana passada, os agentes de Polícia Federal (PF) em todo o país decidiram paralisar as atividades por 72h – na quarta (22), quinta (23) e sexta (24) – com um ato na terça-feira (21), à noite, em todas as capitais. Os grevistas reclamam das interferências e falta de compromisso do atual governo.

Segundo a Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), os agentes, escrivães e papiloscopistas federais se sentem desprestigiados, com salários congelados há seis anos, e reclamam da falta de compromisso do atual governo em relação ao termo de acordo que finalizou a última greve em 2012.

O estopim da greve é a Medida Provisória 657, que “atropelou” negociação com o Ministério do Planejamento e restringiu cefia de autoridade na PF aos delegados, a medida cria uma hierarquia política nunca existente na PF, e retira a autoridade e autonomia técnica dos demais policiais envolvidos nas investigações.

Ainda de acordo com Flávio Pinheiro, a ideia dos agentes é que a Policia Federal trabalhe nos moldes das polícias internacionais, como o FBI, nos Estados Unidos. “Aqui o agente policial não consegue chegar à chefia através da meritocracia, somente através de indicação política, o que deixa a PF nas mãos do governo, que investiga o que achar melhor e podendo arquivar casos que possa o desfavorecer”.