Grupo de estudantes de pedagogia vítimas de um golpe por uma empresa de organização de formaturas recebeu hoje uma oferta: organizar nova festa, sem nenhum pagamento por prejuízos morais ou materiais, como cabelereiros ou vestidos. As vítimas recusaram, devem levar adiante pedido de investigação e contratar um advogado.
A informação foi passada por Angela Meire de Souza Barbosa, 27, uma das alunas prejudicadas. Ela disse que Erick Clark, o responsável pela Eviva Formaturas e Eventos, contratada para organizar a festa, entrou em contato com uma das estudantes, que seria representante do grupo.
“Ele ofereceu dar outra festa. Disse que não pagaria prejuízo nenhum, mas dará convites extras. Nós não aceitamos”, disse Angela. Segundo ela, não há mais clima para festa e nem disposição para reagendar cabelereiros, vestidos e toda organização.
Nesta terça-feira (27) ela e outras alunas devem entrar em contato com a Polícia Civil, responsável pela investigação do caso, para confirmar as informações e ajudar no esclarecimento. “Na verdade o contato deveria ter sido feito hoje, mas a representante do grupo acabou não ligando. Decidimos então que muitas podem ligar. Eu vou telefonar.”
Sem os encontros na faculdade, as alunas fazem reuniões e votações por mensagens no whats app, pelo telefone. São sempre 13 votos. A representante, que era também dirigente da comissão de formatura, não votou sobre o caso, segundo Ângela.
O GOLPE
O grupo estima o prejuízo coletivo em R$ 50 mil, além das perdas pessoais e danos morais. O golpe começou a ser descoberto no dia da festa.Durante todo o sábado as alunas buscaram informações no local – a Casa do Médico-, no buffet indicado como responsável e até na confeiteira responsável pelo bolo. Ninguém tinha recebido um tostão e nem tinha informações do responsável.
À noite foram todas à festa. O salão estava alugado para uma celebração infantil. Segundo os responsáveis, Clark não pagou a tempo e perdeu a reserva. O caso acabou na polícia.