Polícia

Corregedoria apura fuga em massa e morte de agente

Corregedoria apura fuga em massa e morte de agente

Já foram caputaros pela polícia os cinco adolescentes identificados como participantes do homicídio do agente penitenciário Francisco carlso Calixto, 51, após rebelião na Fundação Casa de Marília ocorrida na noite de terça-feira (04). Um deles, Cleverson Willian Veloso, tem 18 anos e já foi encaminhado para a prisão, não ficará mais na Fundação Casa. Os outros quatro adolescentes retornam para a unidade de Marília ou podem ser remanejados para outras cidades, conforme solicitação do Ministério Público, após conclusão do inquérito policial.

A rebelião culminou com a fuga de 18 adolescentes, sendo que 10 continuam sendo capturados. Na ação outros três agentes penitenciários ficaram feridos, mas não correm risco de morte, nem hospitalizados foram. Cinco membros de grupos religiosos que realizavam atividades educacionais na unidade foram mantidos reféns, mas não se feriram.

CORREGEDOR
As informações foram prestadas na manhã desta quarta-feira (05), pelo corregedor geral da Fundação Casa, Jadir Pires de Borba, que veio de São Paulo para apurar as causas do motim e a morte do agente. Segundo ele, os adolescentes queriam fugir, por isso desencadearam a rebelião.

“A fuga motivou a rebelião. Havia um planejamento para a fuga e na tentativa de soltar um dos adolescentes, o sevidor (Calixto) se opôs e os adolescentes praticram o homicídio”, diz Borba.

A unidade de Marília tem capacidade para 101 infratores, mas 108 estavam mantidos. Para o corregedor a capacidade acima do limite não teria causado a ação.

“Pelo o que eu conversei com os adolescentes, eles queriam mesmo fugir. O centro não apresenta indisciplina, não tem denúncias de maus tratos ou agressão. Os adolescentes relatam que os funcionários os tratam com dignidade, na corregedoria não existem denúncias importaes em relação ao centro”, explica.

MORTE
Quanto ao agente morto, os adolescentes teriam dito que o respeitavam. Calixto tinha 15 anos de Fundação, 51 anos de idade e fez aniversário um dia antes da rebelião.

“Ele era bom servidor. Os próprios adolescentes que cometeram o crime dizem que o servidor era uma pessoa que cumpria com os deveres e respeitava a todos e que não havia nenhuma rusga entre eles”, declara Borba.

FUGA
Sobre a fuga, a corregedoria afirma que os adolescentes aproveitaram o momento, rendendo os servidores, em circunstâncias que ainda estão sendo apuradas. O que se sabe é que, ao final da atividade com o grupo religiso, quando se encaminhavam para os quartos, os adolescentes iniciaram a ação.

“Primeiro renderam um dos funcionários quando estavam sendo recolhidos da atividade. Calixto estava responsável pelos adolescentes de outro módulo. Ele não permitiu que entrassem e foi agredido e morto. Mesmo com o módulo aberto, os adolescentes que lá estavam não quiseram fugir. Não havia premeditação de matar, foi situação de momento. Se foi o menor ou o maior ainda está sendo investigado pela polícia.”

Os que fugiram tiveram que escalar uma muralha e apesar da altura de aproximadamente seis metros, saltaram para o outro lado sem se machucar.

“O outo lado é gramado e pelo o que os garotos falaram conseguiram pular sem se machucar. Não existe a função de guarda de muralhas, nem imagens de circuito de segurança”, relata Borba.

O cabo de vassoura usado para matar Calixto e a caneta que feriu um outro agente, a polícia ainda investiga como os infratores tiveram acesso. Também está sendo apurado qeum planejou a ação.

“Estamos na fase inicial da investigação dos atos preparatórios para a fuga. Preliminarmente não parece que foi o maior que teria tentado a fuga. Os adolescentes nesse centro tem um tempo de internação maior, ás vezes devido ao crime que praticou. Os que arquitetaram tinham mais de um ano e meio de internação. O adulto não teria arquitetado a fuga, mas estamos apurando”, diz Borba.

A rebelião durou cerca de duas horas e meia e pela forma como terminou, a corregedoria crê que foi planejada e deflagrada por uma minoria, talve sem o conhecimento de todos os infratores internados na Fundação Casa.

“Assim que os adolescentes que participaram da fuga perceberam que as consegquencias extrapolaram o que haviam planejado eles se entregaram. A polícia ficou do lado de fora, não entrou. Os funcionários e diretor entraram, conversaram com os adolescentes, que se renderam. O movimento se arrefeceu ao saberem que o servidor havia morrido e que a polícia estava cercado a Fundação”, diz.