Uma nova onda de golpes na cidade está usando nomes da Santa Casa de Marília e alguns dos médicos da instituição para cobrar pacientes por serviços pagos pelo SUS (Sistema Único de Saúde) ou planos de saúde. Os golpistas procuram as famílias dos pacientes com exigências de depósitos para garantir atendimento;
O caso deve ser apurado pela polícia, que já recebeu pelo menos duas denúncias de famílias de pacientes. Um dos golpes foi consumado, o outro não. Nos dois golpes os bandidos pedem R$ 1.500 que devem ser depositados em uma conta do Banco do Brasil.
A conta na verdade está cadastrada em uma agência de Rondonópolis – MT – em nome Lucivânia Vieira da Costa. Em janeiro do ano passado, uma mulher com o mesmo nome foi presa em Rondonópolis quando tentava visitar presidiário com maconha escondida na vagina.
Os golpistas usam informações complexas, falam em casos graves como leucemia e identificam-se como médicos, inclusive com uso de nomes completos de profissionais. Dizem que o paciente precisa de exames complexos que precisam ser pagos à parte com depósitos em conta.
Nomes de pacientes internados e informações básicas sobre as doenças podem vazar por diferentes fontes. O atendimento pelo SUS ou pelos planos envolvem diferentes cadastros. Os nomes dos médicos também estão em diferentes publicações e no site oficial do hospital.
Os golpistas ainda conseguem detalhes, como os telefones pessoais para o contato, que seguem sempre a mesma mecânica: nomes de médicos, informações sobre doença grave com exames e cirurgia e pedido do depósito de R$ 1.500.
Em caso de qualquer contato, as famílias podem obter informações diretamente no hospital ou em contato com a polícia.
A direção do hospital divulgou uma nota sobre o caso, leia a nota na íntegra:
“A diretoria da Santa Casa de Misericórdia de Marília tomou conhecimento de que um golpe está sendo aplicado na cidade de Marília utilizando o nome do hospital e o pré-nome de médicos que fazem parte do corpo clínico da instituição.
Estelionatários estão fazendo cobranças a familiares de pacientes que estão internados pelo SUS, alegando custos no tratamento e solicitando depósitos. O hospital alerta que não faz esse tipo de contato com solicitações de depósitos.
Ainda que estas pessoas utilizem informações pessoais dos pacientes (como o nome completo), para convencer os familiares da veracidade da solicitação, fiquem alertas e não caim neste golpe.
É um crime que está sendo praticado por pessoas inescrupulosas. Não façam depósitos e procurem a polícia.
Kátia Ferraz Santana – Superintendente.”