Uma investigação com base no Rio de Janeiro revela operação de uma quadrilha com estrutura para produção e venda nacional de anabolizantes.
Os agentes cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Brasília. s investigações tiveram início em junho de 2024, após uma parceria do Setor de Inteligência da Polícia Civil com os Correios.
O comando da operação não divulgou detalhes, mas o portal G1 revelou marcas como Next, Thunder Group, Venon, Pharma Bulls, Supreme, Kraft, Phenix e Blank.
Apontou ainda a prisão de Miguel Barbosa de Souza Costa Júnior, o Boss, apontado como o chefe da organização e de sua esposa, Aiane.
O trabalho possibilitou identificar grandes quantidades de remessas de substâncias anabolizantes enviadas diariamente por encomenda para diversos locais.
Segundo apurado, as substâncias eram fabricadas clandestinamente e sem fiscalização das autoridades sanitárias. Os criminosos ainda usavam nas suas fórmulas substâncias tóxicas e nocivas para seres humanos, como repelentes de insetos.
Prejuízo de mais de R$ 500 mil
No decorrer da investigação, a Polícia Civil identificou, com vendas em plataformas online e redes sociais, uma movimentação de mais de R$ 80 milhões.
Ainda neste período, foram apreendidas mais de duas mil substâncias ilícitas que seriam remetidas, o que gerou um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao grupo criminoso.
Segundo a polícia, os investigados são responsáveis por diversas marcas. Como estratégia para maximizar as vendas, o grupo patrocinava grandes eventos de fisiculturismo e atletas. Além disso, remunerava influenciadores digitais para alavancar as vendas.
Também foram identificados diversos operadores financeiros do bando. Eles pulverizavam a entrada e saída de quantias milionárias para dificultar possíveis investigações. A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias de todos os envolvidos.
Os denunciados responderão por associação criminosa, crime contra a saúde pública e crimes contra o consumidor. As investigações prosseguem para identificar os revendedores, influenciadores e atletas patrocinados para multiplicar as vendas. Eles chegavam a receber mais de R$ 10 mil mensais para promoção da marca.